Dentro de poucos dias, as regras do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) serão mudadas. A decisão do Governo Federal será a de ampliar de 40 para 90 dias o prazo mínimo de permanência dos animais destinados à exportação no sistema, por meio de publicação de Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“A decisão vai atender exigências da auditoria da União Européia no sistema de defesa sanitária do Brasil e garantir maior presença do País no mercado internacional de carne bovina, demonstrando a qualidade do produto nacional”, diz o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira.
Para o representante da CNA, a medida fortalece as vendas de carne bovina para a União Européia, mercado que absorve cerca de 30% das exportações brasileiras de carne in natura e industrializada. Nogueira destaca que a exigência será aplicada sobre os animais cujo destino seja abate para atender as exportações. Quanto aos demais animais, que não sejam destinados à exportação, a adesão ao sistema de rastreabilidade bovina continua sendo opcional, lembra Nogueira.
Para o presidente do Fórum, a ampliação do prazo de permanência de gado destinado à exportação no Sisbov é regra que tem plena capacidade de ser executada pelos produtores rurais, que estão prontos para atender exigências que possibilitem ampliar a presença do Brasil no mercado internacional de carne bovina.
“O criador de gado brasileiro está pronto para avançar no sistema de rastreabilidade”, disse Nogueira.
Para Nogueira, a evolução no sistema de rastreabilidade depende, principalmente do avanço na etapa do abate, ou seja, dentro dos frigoríficos. “É vital que processo não se limite apenas ao campo, mas avance até a indústria”, diz Nogueira.
Nogueira avalia ainda que a auditoria da União Européia servirá para demonstrar que os produtores rurais cumprem sua parte com responsabilidade e transparência em relação ao sistema de rastreabilidade.
O dirigente reforça a necessidade de que haja um maior engajamento dos demais elos da cadeia produtiva, como frigoríficos e comércio varejista, para negociar e consolidar um sistema que seja robusto e que traga ganhos de renda para todos os segmentos do setor.
Fonte: CNA, adaptado por Equipe BeefPoint
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Nada como um dia após o outro.
Quando o período de carência ia passar para 6 meses, em dezembro de 2004, no final de novembro houve a pressão da CNA e o MAPA acabou cedendo, permanecendo em 40 dias,deixando a rastreabilidade em descrédito pelos pecuaristas.
Agora, bastou a missão da UE chegar e já anunciaram mudanças no SISBOV, passando para 90 dias,etc.,ou seja, o calendário do SISBOV estava correto.
Tomara que seja para valer,pois o criador gosta de coisas sérias e com credibilidade e está aberto a tudo que venha beneficiar o setor.
Luiz Elias
Gostaria de saber como deve proceder na hora da venda um criador que registra no Sisbov um lote de mil garrotes, mas que na hora da venda dividirá os lotes.
– como identificar os brincos com o documento, uma vez que cada animal recebe um numero?
– haverá muita dificuldade para apartar e fazer leitura dos brincos?
– quem tem 10000 cabeças e vai matar somente 100 não terá dificuldades para entregar os DIAs ao frigorífico?
– não podemos esquecer que no manejo do animal na hora do embarque fica difícil de ler os números e os animais não ficam parados, com isso alguns pecuaristas só conseguem separar os (dia) apos o animal morto.
Valdecir