Entre as providências que têm de ser tomadas pelo governo está a inclusão do fosfato bicálcico e do ácido fosfórico, utilizados na nutrição dos bovinos de corte e leite, na lista de exceções à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero, quando ambos forem importados de fora do bloco sul-americano. Os pecuaristas querem o fim da cobrança de 9,25% do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição Financeira para a Seguridade Social (Cofins) sobre os suplementos minerais utilizados na alimentação do rebanho.
O aumento dos insumos e possível redução do uso da suplementação mineral podem gerar impactos negativos na pecuária como a queda da produtividade e, conseqüentemente, da oferta de carne e leite e da eficiência econômica da atividade. A previsão foi feita ontem (6) pelo presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, em audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir os possíveis impactos do aumento do preço dos insumos nos setores de alimentação animal e de fertilizantes agrícolas.
Para que os produtores não precisem abrir mão do sal mineral, Nogueira cobrou do governo medidas para diminuir os custos de produção relacionados a este item, que representa 23,3% do custo operacional da pecuária, sendo a segunda principal despesa dos pecuaristas. “Quem paga a conta com o aumento dos custos sempre é o produtor”, disparou.
Segundo Nogueira, entre as providências que têm de ser tomadas pelo governo está a inclusão do fosfato bicálcico e do ácido fosfórico, utilizados na nutrição dos bovinos de corte e leite, na lista de exceções à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero, quando ambos forem importados de fora do bloco sul-americano. A questão depende de análise da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Hoje esses dois insumos são taxados em 4% e 10%, respectivamente. Ele também defendeu a isenção, para os dois produtos, da taxação de 25% do frete cobrado na importação destinado ao Adicional de Renovação do Fundo da Marinha Mercante (ARFMM).
Nogueira disse ainda que os pecuaristas querem o fim da cobrança de 9,25% do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição Financeira para a Seguridade Social (Cofins) sobre os suplementos minerais utilizados na alimentação do rebanho. “O sal mineral é o único insumo que paga PIS/Cofins”, destacou.
De acordo com o presidente do Fórum da CNA, o preço da tonelada do fosfato bicálcico aumentou 169,9% de fevereiro de 2007 a abril deste ano, passando de R$ 780 para R$ 2.100.
As informações são da Agência CNA.
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Hoje podemos falar que os fornecedores de sal mineral são sócios, tem uma retirada mensal e ganham em alguns casos mais do que o proprio produtor, que paga suas contas e fica sem lucratividade.
É um absurdo todo mês ter novas listas de preços, não sabemos se ainda é a valorização do fosfato bicálcico ou ja virou abuso de situação.
Os fabricantes de sal mineral são tão vítimas quanto os produtores, uma vez que,
ao se elevar o preço final do produto, as vendas caem drasticamente e se não há venda não há lucro.
O problema não é o fabricante de mineral, mas sim o formecedor da fonte de fósforo.
Sempre soube que os componentes que compõe a formula do sal mineral é importado, como se justifica esses aumentos abusivos e desenfreados de quase 100% em 4 meses, se o dolar abaixou em pouco tempo quase 50%, alguma coisa está errado ?