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26 de outubro de 2007
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30 de outubro de 2007

CNA: existe espaço para a expansão da cana-de-açúcar

O presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Edison José Ustulin, não vê possibilidade de o crescente plantio da cana atrapalhar a produção de alimentos no País. Ele diz que a área do plantio de cana alcançará no máximo 8% da destinada à agricultura, isso quando o País estiver produzindo o máximo possível, de 350 bilhões a 400 bilhões de litros de etanol. Hoje, a produção é de 20,5 bilhões. "Não será preciso usar um metro de terra de cerrado ou da Amazônia", afirma.

O presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Edison José Ustulin, não vê possibilidade de o crescente plantio da cana atrapalhar a produção de alimentos no País. Ele diz que a área do plantio de cana alcançará no máximo 8% da destinada à agricultura, isso quando o País estiver produzindo o máximo possível, de 350 bilhões a 400 bilhões de litros de etanol. Hoje, a produção é de 20,5 bilhões. “Não será preciso usar um metro de terra de cerrado ou da Amazônia”, afirma.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Ustulin cita números para apostar que a cana-de-açúcar não vai atrapalhar a produção de alimentos. A pecuária, segundo ele, tem 220 milhões de hectares de pasto. “Desses, 90 milhões de hectares podem ser utilizados na agricultura. Dos 90 milhões da agricultura, somente 23 milhões de hectares podem receber cana, por causa das características da terra.”

Ele faz uma soma, para reafirmar que a cana não é uma ameaça. “Sete milhões atuais, com 23 milhões, somam 30 milhões de hectares, que podem ser usados para o plantio da cana, sem entrar em nenhuma nova área, sem desmatamento”, afirma. “Se destinarmos dessa área de 30 milhões de hectares 65% à produção de etanol, teremos mais ou menos 20 milhões de hectares para o álcool.”

Hoje, segundo Ustulin, a produção é de 7 mil litros de álcool por hectare. “Temos capacidade de chegar a 140 bilhões de litros. Mas podemos ir a muito mais. Com a transformação de toda a matéria-prima em álcool (bagaço e folhas), que chamamos de verticalização industrial, dá para chegar a 280 bilhões de litros. E, com o avanço da tecnologia, com novas formas de produção e modernização das usinas, mais irrigação, chegaremos à produção máxima, que será de 350 bilhões a 400 bilhões de litros. Isso é mais do que suficiente para abastecer meio mundo. Hoje nossa produção é de 20,5 bilhões.”

Portanto, afirma Ustulin, por maior que seja o plantio, o máximo que se chegará com a cana será de 8% da área agricultável do País. Atualmente, 1,5% da área total é usada. “Não será necessário derrubar nada de cerrado nem de mata.”

Ele prevê que a pecuária extensiva, de pastos, terá de dar lugar à intensiva, de confinamento, porque essa é a tendência mundial. “Com a modernização da atividade de pecuária, gado e cana vão conviver sem problema. A cana fornecerá a ração para o gado. Portanto, poderemos produzir em conjunto açúcar, álcool e proteína. Não há risco”, afirma.

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