Tecnologia e inovação, economia verde, trabalho decente e meio ambiente são os temas que norteiam o documento apresentado, nesta segunda-feira (18), pela CNA na Rio+20. Todos esses tópicos têm como pano de fundo o compromisso dos produtores rurais com a ampliação da oferta de alimentos e a preservação ambiental, que, no Brasil, é de 61% em todos os biomas.
Criação de um índice global de desenvolvimento sustentável, que permita a abertura de mercados para países que adotam práticas ambientais corretas, além de um fundo internacional para financiamento e difusão de tecnologia que contribua para o desenvolvimento agrícola e pecuário com respeito ao meio ambiente. Essas são duas das propostas do setor agropecuário para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
A presidente da CNA explica que, a partir da criação do índice global de desenvolvimento, os países que produzem de forma sustentável poderão obter remunerações mais adequadas para manejo e comercialização de seus produtos, premiando os serviços ambientais gerados. “A idéia é dar viabilidade econômica ao processo, inserindo socialmente maior número de produtores, para permitir a superação da pobreza”, afirma. A erradicação da pobreza, um dos temas centrais da Rio+20, depende, no caso das áreas rurais do Brasil, de políticas que garantam o acesso a tecnologias, sementes, crédito, capacitação e extensão rural, especialmente nas classes mais pobres.
Tecnologia e inovação, economia verde, trabalho decente e meio ambiente são os temas que norteiam o documento apresentado, nesta segunda-feira (18), pela CNA na Rio+20. Todos esses tópicos têm como pano de fundo o compromisso dos produtores rurais com a ampliação da oferta de alimentos e a preservação ambiental, que, no Brasil, é de 61% em todos os biomas. Ao detalhar o documento elaborado pelo setor agropecuário, a senadora Kátia Abreu ressalta que a expansão da agricultura brasileira não depende, exclusivamente, da abertura de novas áreas e que, além de ter vegetação nativa nas propriedades privadas, o Brasil possui, como diferencial, uma extensa área de pastagens – 158,7 milhões de hectares –, além de áreas degradadas que podem ser recuperadas.
Para a presidente da CNA, também é tema prioritário no debate da Rio+20 a preservação dos recursos hídricos. Neste sentido, defende a criação de um conceito mundial de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens dos rios, proposta que tem sido apresentada pela CNA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e pela Agência Nacional de Águas (ANA) em fóruns internacionais e que será tema de debate no Espaço AgroBrasil. Neste sentido, a entidade propõe que os governos implementem ações de saneamento básico urbano, de modo a evitar a poluição dos recursos hídricos, garantindo assim a qualidade da água ao consumo e à produção de alimentos.
Fonte: CNA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.