Como os pecuaristas estão considerando praticamente impossível inserir todos os animais do País no Sisbov, a alternativa que agora está sendo defendida é a da certificação das propriedades. Esse será o principal assunto discutido no grupo criado para debater os rumos do Sisbov, em Brasília, com a coordenação da Câmara Setorial da Carne Bovina Brasileira, em sua segunda reunião. Segundo Antenor Nogueira, da CNA, a expectativa é que a proposta para certificação de propriedades seja concluída antes do fim de fevereiro. Para ele, esse tipo de cadastro, o das fazendas é o mais indicado pois vai representar um controle de todos os animais, desde os bezerros. Mas ele continua defendendo a inserção voluntária.
“Em todos os países do mundo a adesão à rastreabilidade é voluntária. Não tem sentido ser obrigatória. É melhor deixar livre porque assim gera a concorrência e os frigoríficos vão pagar mais pelos animais que têm esse diferencial”, diz Nogueira. Para ele, inclusive, tem produtores que não precisam que os animais entrem no Sisbov porque não têm nenhum ganho com isso. É o caso daqueles que trabalham com gado leiteiro. Primeiro, esses animais praticamente não saem das propriedades. E o leite não ganha valor por ser de gado rastreado, mas sim por causa da quantidade ofertada no mercado interno. “Só 20% da produção nacional é exportada. Por que rastrear todos os animais?”, questiona. Para ele, quem tiver interesse vai rastrear desde o bezerro. “Essa é nossa intenção”, afirma.
O assessor técnico da CNA, Paulo Sérgio Mustefaga, concorda que a melhor saída é a certificação das propriedades. Isso porque, dessa forma, o sistema contará com o “rastro dos bois” por um período muito maior que os 40 dias exigidos atualmente.
Fonte: Estado de Minas, adaptado por Equipe BeefPoint
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Não só o Sr. Antenor Nogueira tem razão quanto a certificação das propriedades, como tambem será mais fácil para a própria CNA controlar, orientar, e sugerir ações, já que as propriedades médias e grandes, enfim são cadastradas junto a essa instituição.