A expansão de 2,3% do PIB em 2005, conforme divulgado hoje pelo IBGE, foi superestimada e não reflete a realidade de renda no País. A avaliação é do chefe do Departamento Econômico (Decon) da CNA, Getúlio Pernambuco. “O crescimento real não ultrapassou 1,3%, na medida em que a agropecuária, que participa com 10% do PIB, registrou uma queda de 10% na renda, com perdas de quase R$ 17 bilhões”.
Pernambuco explica que a metodologia do IBGE é baseada na quantidade e não na renda. “Isso é muito grave, pois falseia a realidade e não pode servir de parâmetro para a definição de políticas governamentais para o setor”.
A perda de aproximadamente R$ 17 bilhões de renda no ano passado foi motivada, segundo Pernambuco, por fatores como redução de produção, em quase 20 milhões de toneladas, redução dos preços recebidos pelo produtores e, ainda, a valorização do real frente ao dólar.
“A queda de 10% na renda do produtor é gritante e terá graves reflexos no desempenho da safra deste ano. As perspectivas para 2006 não são positivas” diz Pernambuco.
As informações são da CNA.