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CNA revê projeções para complexo carnes

Diante do foco de aftosa, o chefe do Departamento de Assuntos Internacionais e Comércio Exterior, Antônio Donizete Beraldo, da CNA, informou que as previsões de que o complexo carne poderia, pela primeira vez, ultrapassar as exportações de soja, passam a ser revistas.

“Temos além do foco, uma pequena recuperação da soja no mercado. Se mais nada atrapalhar, este feito será contabilizado somente em 2006, levando em conta, um crescimento de 30% ao ano que as carnes vêm imprimindo à balança comercial. Temos uma grande incerteza com relação aos russos e à União Européia, por isso, acredito que neste ano a carne ocupe o segundo lugar no volume de vendas”.

A CNA chegou a projetar que o complexo carnes fecharia o ano com faturamento de US$ 8,3 bilhões, contra US$ 8 bilhões da soja. Ano passado, as vendas de soja atingiram cifras de US$ 10 bilhões. A projeção levou em consideração, para este ano, os prejuízos do complexo em função da desvalorização cambial. “Se isso acontecesse pela primeira vez, as carnes passariam a soja”, destaca.

Enquanto há indefinições com relação ao comportamento dos principais mercados consumidores da carne brasileira, Donizete aponta que existe uma certeza. “Fatalidade ou não, a verdade é que este foco é uma péssima propaganda para um país que pouco sabe vender a sua carne”, critica.

Ele aponta que o controle sanitário é responsabilidade do Estado e que, mesmo com a pouca atenção da União, “o que o setor sente na pele é que o Brasil, pelo gigantismo nas exportações de carne, não tem uma política de sanidade na mesma proporção”, avalia.

Fonte: Diário de Cuiabá/MT, adaptado por Equipe BeefPoint

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