O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, criticou ontem a decisão da Rússia de suspender o comércio de carnes de oito estados brasileiros. “Os russos querem um bom negócio”, afirmou.
Para ele, o governo da Rússia optou pelo embargo como forma de derrubar os preços do produto no mercado internacional. “Os preços internacionais da carne bovina estavam subindo”, argumentou.
De acordo com a CNA, os preços médios de venda da carne bovina in natura para a Rússia subiram 25% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2004. No mês passado, houve recuperação de 19,16% nos preços médios da carne bovina in natura para exportação. Enquanto em novembro do ano passado, o preço médio era de US$ 2,02 mil a tonelada, no mês passado o preço médio registrado foi de US$ 2,4 mil. Entre janeiro e novembro, a Rússia comprou 28,7 mil toneladas de carne bovina fresca do Brasil, maior importador.
Nogueira ressaltou que a Rússia não adotou suspensão tão rigorosa quando foi detectado o foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, no mês de outubro. Na época, Moscou embargou as importações apenas de carnes desse estado, mas agora, com o foco no Paraná, as restrições foram ampliadas.
Fonte: Estadão/Agronegócios (por Fabíola Salvador), adaptado por Equipe BeefPoint
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Todos queremos um bom negócio, não só os Russos.
A grande diferença aqui, é que como não temos política definida e nem representatividade, apenas interesses momentâneos, estamos novamente nas mãos dos compradores do nosso produto.
A razão pende tanto para Russos quanto para os Europeus por negociarem com um país que não é sério e não cumpre as regras acertadas há muito tempo.
O bom negócio para o pecuarista é ter rumo definido no seu negócio, ou seja política de objetivos de longo prazo e não estas falácias dos últimos meses.
A culpa desta situação não é dos importadores e muito menos da grande maioria dos pecuaristas, o problema está no meio, entre a produção e o consumo, exatamente nas mãos das ditas autoridades que nada sabem porque ou o que estão fazendo.
O favor que se pede é que deixem quem sabe trabalhar, faze-lo em paz.
Elio Micheloni Jr.