CNPC cria grupo de trabalho com pecuaristas e frigoríficos

O Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC) recebeu as indicações para os membros do Grupo de Trabalho (GT), que irá discutir os problemas da cadeia da carne bovina, em especial a polêmica gerada pela baixa remuneração paga ao produtor pela arroba do boi gordo.

Para representar os frigoríficos, foram indicados os nomes de Antônio Jorge Camardelli, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Miguel Russo Neto (Frigorífico Independência) e Péricles Pessoa Salazar, do Sindicato da Indústria de Carnes do Paraná, indicado pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

Do lado dos produtores, foram indicados Cesário Ramalho da Silva, vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB); Fernando Adauto Loureiro de Souza, presidente da Comissão de Pecuária de Corte e Indústria, da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul); e Paulo Sérgio Mustefaga, assessor econômico para pecuária de corte da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

“Esse grupo de trabalho discutirá a realidade dos segmentos e terá a chance de propor novas bases de relacionamento para a cadeia da carne, de forma a permitir uma política de incremento do consumo da carne bovina no mercado interno e evitar que o confronto entre pecuaristas e frigoríficos possa comprometer a liderança assumida pelo Brasil no mercado internacional de proteína animal”, explica Sebastião Costa Guedes, presidente em exercício do CNPC.

A primeira reunião do Grupo de Trabalho será marcada nos próximos dias. Posteriormente, o CNPC pretende adicionar dois tributaristas e mais três membros ao grupo de trabalho: dois ligados aos setores varejista e atacadista, e um terceiro que representará os supermercados.

O presidente do Fundo Nacional de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, preferiu não participar do grupo de trabalho do Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC) que irá discutir os problemas da cadeia produtiva da carne bovina.

Segundo ele, sua ausência entre os nomes que constituem o grupo de trabalho deve-se ao fato de os frigoríficos não terem cumprido sua palavra. “Eles continuam utilizando a tabela de descontos para comprar animais e eu não seria coerente se fosse discutir custos com a vigência desta tabela”, disse.

Fonte: Estadão/Agronegócios (por Eduardo Magossi) e Assessoria de imprensa do CNPC, adaptado por Equipe BeefPoint