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Cobertura vacinal em Goiás passou de 98%

Para o Departamento de Sanidade Animal de Goiás, o Estado está no caminho certo e se tornará zona livre de aftosa sem vacinação. Dados concluídos ontem pela Agenciarural, órgão do governo goiano, indicam que a segunda etapa da campanha de vacinação contra a aftosa, realizada em novembro de 2003, obteve excelentes resultados.

Os números confirmaram a expectativa dos técnicos da Diretoria de Defesa Agropecuária. A cobertura vacinal chegou a 98,76%, o maior índice desde que a campanha foi criada. O percentual refere-se a um rebanho total de 20.011.223 cabeças.

Durante o arrastão realizado logo após o término da campanha, os fiscais da Agenciarural localizaram 248.468 cabeças não-vacinadas. Os proprietários foram autuados e multados. A multa pela não-vacinação contra a aftosa são R$ 7 por cabeça. No caso de reincidência, esse valor dobra. Para o chefe do Departamento de Sanidade Animal, Ítalo Rizzo, Goiás caminha a passos rápidos para se tornar zona livre sem vacinação.

A etapa de novembro de 2003 contou com fiscalização direta em 5.894 propriedades. O trabalho da Agenciarural é dividido em todo o Estado em 235 escritórios, gerenciados por 21 regionais. Algumas delas atingiram 100% de cobertura vacinal: as de Catalão (nove municípios), Itumbiara (sete) e Morrinhos (13). O menor índice, 94,26%, foi constatado na região de Formosa, que abrange dez municípios.

Não afrouxar o combate à aftosa e reforçar a aproximação entre as ações do governo e os produtores rurais são as prioridades da recém-criada Agência Goiana de Defesa Agropecuária, que tem como primeiro presidente o médico-veterinário Maurício Antônio do Vale Faria. O crescimento da produção e das exportações agropecuárias pressionou à criação da nova pasta que, até o final da semana, funcionará no antigo Centro de Treinamento da Agenciarural, no Campus 2 da UFG (Universidade Federal de Goiás).

Faria afirmou que a agência foi criada para cuidar da saúde animal e vegetal, atendendo às exigências dos organismos internacionais e para que o Estado possa continuar exportando carne sem problemas. A meta é ganhar, cada vez mais, espaço para nossa produção no mercado internacional. “Antes, essa era uma tarefa da Agênciarural e, com o crescimento da produção de carne e de grãos, houve a necessidade de ampliar nossas defesas fitossanitárias”.

A transferência de funções da Agenciarural para a Defesa Agropecuária está sendo feita com o remanejamento de funcionários do órgão que atuavam na área de defesa agropecuária. “Os serviços continuam num bom ritmo e, nos próximos dias, deveremos nomear nosso corpo técnico. A idéia é que possamos, em breve, caminhar independentes da Agenciarural. Mas é uma parceria que, entre nós, vai sempre existir, na defesa dos interesses do produtor e do Estado”.

Para Faria, a maior prioridade da Agência será a superação da aftosa, por exemplo, que chegou a ser um problema há certo tempo em Goiás. “Não significa que estejamos tranqüilos em relação à questão. Não vamos nos descuidar e iremos manter o título de Zona Livre da Aftosa. Queremos também aproximar o produtor rural da Agência de Defesa Agropecuária, queremos que o homem do campo sinta segurança no nosso trabalho e confie em nossas orientações em relação à nutrição animal, à pulverização e às campanhas de vacinação. Assim vamos seguir as determinações do mercado internacional”.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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