Após semanas de debates, os ruralistas ficaram com a maioria dos cargos de comando da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro na Câmara. O acordo foi possível graças ao apoio do PT e do governo.
Após semanas de debates, os ruralistas ficaram com a maioria dos cargos de comando da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro na Câmara. O acordo foi possível graças ao apoio do PT e do governo.
A chapa, que recebeu 15 votos favoráveis, 2 nulos e 1 branco, ficou a seguinte: Moacir Micheletto (PMDB-PR) na presidência, Anselmo de Jesus (PT-RO) e Homero Pereira (PR-MT) como primeiro e segundo vices. Micheletto e Pereira são ruralistas. Já Anselmo de Jesus é pequeno produtor.
Depois de tomar posse, Micheletto indicou Aldo Rebelo (PC do B-SP) para a relatoria da comissão. O deputado também é considerado um aliado dos ruralistas graças a posições polêmicas que adotou nos últimos anos, como as críticas feitas à demarcação contínua da terra indígena Raposa/Serra do Sol.
“Essa é uma mesa alinhada com o setor ruralista, uma chapa que não tem legitimidade”, criticou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), apoiado por Edson Duarte (PV-SP).
“Nem os ambientalistas devem temer a produção de um código ambiental que despreze o meio ambiente, nem os ruralistas devem temer um código financiado pelas ONGs internacionais”, disse o relator.
“Não tem nada disso de ruralistas e ambientalistas, porque quem vai definir o texto final (do código) é o plenário”, completou o presidente Micheletto.
O PT admitiu que fez parte do acordo que elegeu o comando da comissão. O deputado José Genoino (PT-SP), no entanto, negou que Rebelo esteja do lado dos ruralistas.
Além de cargos no comando, a comissão também é composta por outros ruralistas, como o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS). “Os americanos, os europeus não preservaram. E agora os trouxas do Brasil precisam? Depois que a Europa destruiu tudo”, disse.
A comissão do Código Florestal Brasileiro foi criada para analisar o projeto do ex-deputado Sérgio Carvalho, que propõe um novo Código Florestal em substituição ao atual.
A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.
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já passou da hora de realmente definir uma política ambiental neste país, o setor rural está agonizando, e não aguenta mais as multas milionárias do IBAMA.
vamos lá Deputados e Senadores.
Nós produtores estamos esperançosos para que aprovem leis compatíveis com a realidade, onde não haja nem sensacionalismo por parte dos ambientalistas, nem desprezo pela natureza por parte dos ruralistas, precisamos do equilibrio sustentável e temos certeza de que todos voces são capazes de viabilizar este processo apenas utilizando simples gestos: imparcialidade e foco no objetivo comum, observando o processo de forma ampla e não apenas partes.
Abraços a todos um bom dia.
“Que as gerações futuras se danem! “
Realmente nossos estudantes estão precisando sair da sala de aula e cair na realidade. O comentário da colega estudantil acima é desanimador…
Tente sair das aulas batutas e ir descobrir que mais de 70% da area do país estao destinados a conservação ( reservas legais, reservas publicas, parques nacionais, areas indigenas, apps, etc ).
Depois veja a situação de hostilidade que aqueles que tentam cultivar e produzir encaram para permanecer em parte desses 30% restantes de área.
Aí depois pare pra pensar em como é dificil produzir… adicione à esta dificuldade o peso do Estado sobre este setor, bem como as pressoes dos grupos “progressistas”.
Agricultores e pecuaristas não desejam acabar com todas as arvores como mtos bem entendem por aí. Pelo contrário, eles necessitam delas para se manterem na atividade!! Mais do que nunca quem necessita da manutenção de reservas são os proprios agricultores, pois seu sustento esta ligado diretamente aos beneficios destas.
Europa e EUA dizimaram suas florestas e não acabaram com suas futuras gerações. pelo contrário, elas estao mto mais garantidas que as nossas. Isto não significa que devamos fazer justamente o mesmo… mas não devemos cumprir totalmente o oposto.
Bom, talvez um dia vc entenda que quem ameaça as futuras gerações não são aqueles que produzem o que vc come todo dia, mas sim o próprio Estado Leviatã atual e seus seguidores ditos “progressistas”.
Apenas espero um código possível de ser posto em prática.
Até agora o que vimos foi algo abstrato, algo totalmente teórico e impraticável.
Não acredito que exista alguém que queira prejudicar o meio ambiente, por isso se houver coerência e bom senso no novo código florestal, a grande maioria vai respeitar e pensar no bem de nosso país.
Obrigado