Com demanda de frigoríficos retraída, preço do boi gordo reage pouco
O preço médio da arroba do boi gordo em São Paulo subiu 0,32% na comparação diária e ficou em R$ 234,05 nesta quarta-feira (6/3). Porém, por não ter sido uma alta expressiva, não mudou a variação acumulada desde o início de março, que está negativa em 0,57%, segundo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.
O motivo desse momento de quedas frequentes segue sendo a baixa demanda dos frigoríficos, o que não impacta a relação de troca para atrair uma reação do mercado. “Seguindo a tendência dos últimos dias, o mercado físico segue pressionado e as indústrias continuam com compras moderadas”, avalia a consultoria Agrifatto.
Pesquisadores do Cepea apontaram em boletim mensal sobre o mercado que as relações de troca de fevereiro foram praticamente as mesmas das observadas há um ano, havendo apenas ligeira melhora na compra de bezerro, porém as as escalas alongadas também limitaram o interesse comprador em adquirir novos lotes.
Dados da entidade mostram que, de fevereiro de 2023 para fevereiro deste ano, o preço médio do bezerro de 8 a 12 meses nelore acumula queda de 19% no estado de São Paulo, passando de R$ 2.365,11 para R$ 1.920,25. Em Mato Grosso do Sul, o recuo é de 14% no mesmo período.
O boi magro, em São Paulo, se desvalorizou cerca de 18%, indo de R$ 3.610,39 para R$ 2.974,37. A arroba de boi gordo também caiu 18%, de R$ 289,72 para R$ 237,84 (médias mensais).
Na B3, os contratos voltaram a se desvalorizar, com o vencimento para maio, cotados a R$ 229,45 a arroba, queda de 0,41% na comparação diária.
Por outro lado, o mês de fevereiro deste ano fechou com as exportações de carne bovina in natura em 179,12 mil toneladas, superando a estimativa e se consolidando como o maior volume exportado em um mês de fevereiro. Dessa forma, as vendas externas de carne bovina geraram receita de US$ 810,82 milhões, 32% superior ao arrecadado no mesmo período de 2023, informou a Agrifatto.
Fonte: Globo Rural.
