Nessa semana os frigoríficos continuaram pressionando os preços da arroba e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve desvalorização de 1,26%. O indicador a prazo registrou recuo de 1,57% no mesmo período, sendo cotado a R$ 76,93/@. Em relação ao início de agosto - um mês atrás), a variação acumulada é de -4,67%.
Nessa semana os frigoríficos continuaram pressionando os preços da arroba e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve desvalorização de 1,26%. O indicador a prazo registrou recuo de 1,57% no mesmo período, sendo cotado a R$ 76,93/@. Em relação ao início de agosto – um mês atrás -, a variação acumulada é de -4,67%.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Compradores consultados pelo BeefPoint, comentaram que o ritmo de negócios ainda é lento e muitos pecuaristas insistem em não aceitar os novos preços propostos tornam as negociações difíceis. Mesmo assim, os frigoríficos estão conseguindo comprar matéria-prima para atender a demanda, que segue retraída, e mantém suas escalas.
Rogério Goulart, da Carta Pecuária, postou no Twitter o comentário de um renomado consultor em nutrição: “Andei o Brasil em agosto e não vi tanto boi confinado assim para derrubar os preços outubro a diante”. Outro comentário, citado por Goulart, foi de um comprador de frigorífico que disse: “Se puder esperar, venda lá para outubro. Agora tem boi demais”.
Para Juliano Sabella, da Tortuga, o gado confinado deve recuar 15% neste ano, para 2,3 milhões de cabeças. Apesar da queda, o setor “se profissionaliza e veio para ficar”. Ele diz ainda que as dificuldades na compra de boi magro e a expectativa de preços não muito animadores da arroba foram os responsáveis por essa redução.
Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição – uma iniciativa do BeefPoint em parceria com a Bayer – para informar preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 603,92/cabeça, nesta quinta-feira, com variação positiva de 0,22% na semana. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando o bezerro desmamado valia R$ 735,45, a queda acumulada chega a -17,88%.
A relação de troca recuou para 1:2,08 e está pior do que a média de agosto, assim como a margem bruta na reposição que ontem foi calculada em R$ 649,26, ou seja, este é valor que sobra após o pecuarista vender um boi gordo de 16,5@ e comprar um bezerro desmamado para a reposição do rebanho. Em 2008 a margem bruta teve média de R$ 747,78.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista x relação de troca (boi gordo de 16,5 por bezerros)
A BM&FBovespa teve uma semana de baixa, com todos os vencimentos registrando variação negativa. O primeiro vencimento, setembro/09, apresentou recuo acumulado de R$ 2,70, fechando a R$ 76,40/@ no pregão da última quinta-feira. Outubro/09 fechou a R$ 78,34/@, com forte queda de R$ 3,02 na semana.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 27/08/09 e 03/09/09
Segundo o Boletim Intercarnes, no início da semana a especulação por parte dos distribuidores (procura) aumentou se mostrando mais ativa, em parte em razão do feriado prolongado na próxima semana. Por outro lado as ofertas sinalizavam estar mais retraídas e seguem em níveis regulares, mas atendendo normalmente a procura. Assim os preços seguem estáveis.
No atacado paulista, o traseiro foi cotado a R$ 6,00, o dianteiro a R$ 4,10 e a ponta de agulha a 3,80. O equivalente físico foi calculado em R$ 74,60/@, com valorização de 0,26% na semana. O spread recuou para R$ 1,36/@.
Tabela 2. Atacado da carne bovina
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Exportação de carne bovina in natura
Segundo o MDIC, nos 21 dias úteis do mês de agosto, os exportadores brasileiros enviaram ao exterior 72.600 toneladas de carne bovina in natura, que correspondem a US$ 256,7 milhões. Em relação ao mês de julho o recuo registrado na receita foi de 7,57%, enquanto o volume apresentou queda de 11,62%.
No acumulado do ano a receita é de US$ 1,89 bilhão, e o volume atingiu a marca de 609.526 toneladas, na comparação com a receita e o volume registrados durante o mesmo período de 2008, a queda é de 30,32% e 14,36%, respectivamente.
Tabela 1. Exportações brasileiras de carne bovina in natura