O mercado tem mais uma semana de alta, impulsionada pela pouca oferta de boi gordo para abate. Falta boi e os frigoríficos encontram dificuldades para completar as escalas. Diante do volume reduzido de negócios, machos e fêmeas estão sendo muito procurados pelos compradores, fazendo os preços subirem de norte a sul do Brasil. Em SP o indicador a prazo já está em R$ 74,56/@, acumulando aumento de 2,59% na semana.
O mercado tem mais uma semana de alta, impulsionada pela pouca oferta de boi gordo para abate. Falta boi e os frigoríficos encontram dificuldades para completar as escalas. Diante do volume reduzido de negócios, machos e fêmeas estão sendo muito procurados pelos compradores, fazendo os preços subirem de norte a sul do Brasil.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 73,57/@, alta de 2,47% na semana. Há um ano, o indicador valia 33,62% menos do que o valor atual. Em 21 de novembro de 2006 o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq – USP) indicava que o preço do boi gordo em São Paulo era de R$ 55,06/@. A prazo o indicador já está em R$ 74,56/@, acumulando aumento de 2,59% na semana.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Sem conseguir comprar volume significante de gado para abate, os frigoríficos precisaram aumentar os valores pagos pela arroba e reajustes foram registrados em todas as regiões do país. No Mato Groso do Sul, frigoríficos reportam que conseguiram alongar suas escalas para um pouco mais de uma semana, pagando R$ 70,00 pela arroba do boi gordo.
Colaboradores do BeefPoint, informam que no norte de Goiás, já ocorreram negócios com boi gordo a R$ 72,00/@ e vaca a R$ 67,00/@. Do Rio de Janeiro, Marcio Gregg, leitor do BeefPoint, comenta “aqui a vaca está valendo ouro. Os abatedouros do Rio de Janeiro estão com escala de abate tão baixa que estão a procura de vacas, novilhas de 10 @”.
Tabela 2. Cotações do boi gordo com variação relativa a 14/11/2007
E apesar dos preços mais altos da reposição está sobrando mais dinheiro para o pecuarista pagar seus custos, realizar investimentos na propriedade, no rebanho, etc.
Gráfico 1. Margem bruta na reposição (R$)
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 14/11/07 e 21/11/07
Nas últimas semanas, mesmo com o aumento da cotação do boi gordo, o spread continuava abaixo da média, indicando boa margem para o frigorífico. Essa semana a situação se inverteu, com o spread ultrapassando a média do ano. Os preços da carne são recordes e devido a grande escassez de gado gordo é possível que suba ainda mais. Além disso, o preço da carne no varejo medido pelo Dieese tem subido consideravelmente. O difícil é prever o teto máximo no preço da carne no varejo.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
Por outro lado, os europeus avaliaram de forma positiva o sistema de análises laboratoriais do Brasil e o novo modelo de rastreabilidade, que prevê a certificação de uma série de quesitos na propriedade.
Em resposta as solicitações da missão européia, o Mapa já tomou providências para modificar as regras para o trânsito animal. Como medida para evitar que animais de áreas não habilitadas sejam abatidos em frigoríficos exportadores e sua carne enviada a União Européia, o Mapa decidiu que só poderão ser abatidos animais que tenham permanecido, antes do abate, pelo menos 90 dias na área habilitada e 40 dias na última propriedade. Isso significa que a propriedade que receber animais de áreas não-habilitadas não poderá encaminhar nenhum animal para abate aos frigoríficos que exportam para o mercado europeu nos 90 dias seguintes.
Também foram estipuladas novas regras para os sistemas da GTA eletrônica que deverão ser integrados ao Sisbov. Dessa maneira as GTAs dos animais enviados aos frigoríficos devem estar acompanhadas pelo número individual de registro do animal no Sisbov.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça informou que no final do mês devem ser assinados os primeiros acordos com empresas para encerrar casos de cartéis. Os acordos levam ao pagamento imediato de uma “contribuição pecuniária” (multa), garantem que a prática de cartel será encerrada imediatamente e ainda prevêem que as empresas realizem programas internos para que não descumpram mais a legislação de defesa da concorrência (chamados de ISO Antitruste). Caso o processo seja levado até o final, as punições podem ser bilionárias, reforçando o interesse das empresas envolvidas em fechar acordos.
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Não creio que o mesmo emplaque para valero Novo Sisbov, pois não tem carater prático.
Uma vaca, com idade de 10 anos, sendo nelore ainda é jovem; e tenho absoluta convicção de que o brinco identificador da mesma, não tera durabilidade neste período. Vai para o espaço muito antes.
Já rastreei animais com brincos de diversas procedências, mas a perda com o passar do tempo é incrivel, não resiste, à chuva, sol de 40 graus, resseca, e vae para o espaço, ficando o problema para o criador.
O que será que iremos enfrentar, boa coisa não espero.
Caros colegas,
Com relação ao Sisbov, gostaria de afirmar que é de suma importância para a propriedade numerar os seus animais com ferro quente, para correlacionar o número de controle da propriedade com o número do Sisbov.
Em minha propriedade estamos utilizando essa metodologia para que quando o brinco ou o botton, ou muitas vezes os dois dispositivos de identificação, se percam, possamos saber qual número pedir.
O prejuízo fica por nossa conta, é claro, mas agora, com a garantia de 10 anos das empresas, vamos poder até mesmo exigir reposição caso o brinco se perca antes desse periodo, o que eu acho MUITO provável.
O método de rastreabilidade é falho, mas já que é “obrigatório” rastrear, vamos nos resguardar dessa perda absurda de brincos.
teste
Na fazenda São Leopoldo o gado é todo rastreado, a perda de brincos é grande, mas acho que com o avanço da tecnologia o chip seria a solução definitiva. Mas é preciso uma ação do governo para baratear o custo deste dispositivo, sabendo do peso da carne na balança comercial, porque não investir? Ainda estamos carentes de um ministro da agricultura de peso.
Saudades de Pratini que tinha uma meta certa, mas enfim é Brasil…