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Com entrada de recursos, dólar encosta em R$ 2

Diante da contínua entrada de recursos externos, o mercado financeiro se prepara, mais uma vez, para voltar a trabalhar com o dólar comercial abaixo de R$ 2, movimento que, ao lado da redução nas taxas de juros, deve ditar os rumos da economia no restante do ano. Ontem, a moeda americana recuou mais 1,97% e fechou a R$ 2,035, a menor cotação desde 2 de outubro.

Diante da contínua entrada de recursos externos, o mercado financeiro se prepara, mais uma vez, para voltar a trabalhar com o dólar comercial abaixo de R$ 2, movimento que, ao lado da redução nas taxas de juros, deve ditar os rumos da economia no restante do ano. Ontem (19), a moeda americana recuou mais 1,97% e fechou a R$ 2,035, a menor cotação desde 2 de outubro.

A queda do dólar se intensificou nesta semana, com uma aceleração da entrada de recursos em busca de investimentos de risco no país, o que fez a Bolsa subir 4,77% e a moeda americana recuar 3,55%. Até sexta-feira (15), quando o dólar ainda estava em R$ 2,11, o mercado previa que a moeda terminasse o ano em R$ 2,10, segundo pesquisa do Banco Central.

Pelo oitavo dia seguido, o BC comprou não mais de US$ 150 milhões dos bancos no mercado à vista para recompor as reservas cambiais. O volume foi insuficiente para mexer com as cotações – o mercado girou US$ 4,3 bilhões. Os mesmos bancos que venderam dólar no início da tarde a R$ 2,057 para o BC depois desovaram o restante da moeda a um valor menor. Segundo analistas, esses bancos teriam impedido uma queda maior da moeda pela manhã para vender dólares ao BC pela melhor cotação possível. “Ninguém quer ficar com dólar na mão. Se continuar nesse ritmo, não vai demorar para o dólar cair para menos de R$ 2. Será questão de dias. Há muito recurso entrando. Para segurar, o BC teria de comprar no mínimo US$ 500 milhões por dia”, disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.

Após subir 5% na segunda-feira (18), a Bolsa paulista não teve fôlego para manter o preço das ações em patamar tão elevado e terminou o dia de ontem (19) com baixa de 0,23%, seguindo o mercado externo. Pela manhã, o Ibovespa chegou a subir 1,32% e atingiu o novo pico do ano, de 52.147 pontos no índice.

A matéria é de Toni Sciarretta, publicada no jornal Folha de S.Paulo, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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