Nesta quinta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 79,86/@, recuo de R$ 0,63. O indicador a prazo teve queda de R$ 0,60, sendo cotado a R$ 81,05/@. No mercado físico, as escalas continuam longas e os compradores pressionam o preço da arroba. Em todo o país pecuaristas evitam entregar seus lotes no preços atuais, mas o volume de negócios tem sido suficiente para atender a necessidade dos frigoríficos.
Nesta quinta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 79,86/@, recuo de R$ 0,63. O indicador a prazo teve queda de R$ 0,60, sendo cotado a R$ 81,05/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
A BM&FBovespa apresentou ajuste positivo, com todos os vencimentos fechando em alta. O primeiro vencimento, dezembro/08, teve valorização de R$ 0,10, fechando a R$ 78,22/@, com 2.627 contratos negociados e 3.857 contratos em aberto. Os contratos com vencimento em janeiro/09 fecharam a R$ 74,59/@, alta de R$ 0,64. Fevereiro/09 fechou R$ 75,20/@ com valorização positiva de R$ 0,70.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 11/12/08
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para dezembro/08
No mercado físico, as escalas continuam longas e os compradores pressionam o preço da arroba. Em todo o país pecuaristas evitam entregar seus lotes no preços atuais, mas o volume de negócios tem sido suficiente para atender a necessidade dos frigoríficos.
No atacado, a cotação do traseiro recuou para R$ 6,80 (-R$ 0,20), o dianteiro foi cotado a R$ 3,60 e a ponta de agulha a R$ 4,00, com recuos de R$ 0,10. O equivalente físico foi calculado em R$ 77,82/@, com retração de 2,77%. O spread (diferença) entre indicador e equivalente subiu para R$ 2,04/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 653,81/cabeça, queda de R$ 2,31. A relação de troca permanece em 1:2,02.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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É triste ver mais uma vez os grandes frigorificos manipulando o mercado. Enquanto isso o governo federal (via BNDS) financiam o crescimento e consolidam o monopolio do setor.
No fim do ano varios pecuaristas precisam vender e sao prejudicados pelos grandes confinamentos da industria frigorifica.
Temos ideado e formado rebanho para entregar aos frigoríficos e dar a idéia de que continuamos a ser as mesmas bestas que sempre temos sido.
Queremos desobedecer a este mandato imperativo do servilismo da raça dos boiadeiros da pátria que herdamos dos nossos antepassados. Os frigoríficos são os apóstolos universais da destruição da pecuária nacional. Todo pssoal dirigente da pecuária brasileira e dos frigoríficos está conspirando contra o produtor. Não venda os seus bois agora. Você tem dúvida em colaborar conosco?
Hegel já afirmava que a história humana é um “imenso matadouro”. A cultura humanística nasceu quando a latinidade afirmou com Terêncio” Nada do que é humano me é estranho”.
Essa queda de preço do boi foi cientifica e tecnicamente planejada e esses técnicos estão aproveitando para por o arreio em nossos lombos, tentando salvar seus débitos astronômicos.
Pense nisso e boa sorte. Saudações pecuárias.
Nós pecuaristas como sempre, somos o elo mais fraco da corrente, toda essa conjuntura internacional de crise não trabalha sozinha como variável de “queda livre” da arroba, outras variáveis que ficam engasgadas em nossa mente, são muito mais eficazes para que o mesmo ocorra.
Sito apenas uma, importantíssima que meu caro colega à cima deu uma pincelada, o spread (leia-se a diferença de preço paga à venda da carne no atacado e ao produtor) nunca teve tão baixo, R$ 0,45/@, menor valor desde dezembro de 2006.
Isso significa que, sendo a média do spread em torno de R$ 7,00/@ ou 8,00/@ reais nos últimos 12 meses, e agora com menos de cinquenta centavos, a margem dos frigoríficos nunca teve tão folgada para se trabalhar desde 2006, não obstante, significa que os mesmos tem pelo menos R$ 6,00 ou 7,00 reais a mais de margem para poderem remunerar os produtores que já vem sofrendo muito com tempos de crise, e agora época comum de alta, época de reestruturação e foratalecimento do nosso setor, estamos passando por uma nova crise na pecuária. Não é justo que nós que temos pouca barganha na comercialização de nossos produtos, sejamos sempre explorados.
Só quero alertar que pecuaristas fortes repõem o seu gado e aumenta sua produtividade, e pecuaristas explorados diminuem seus lotes prejudicando lá na frente o mercado como um todo, temos que trabalhar com a política do ganha – ganha, esse alerta vai também para as redes de varejo, pois na atual conjuntura os preços devem cair no mercado, para que esse déficit da exportação seja facilmente consumido pelo mercado interno, mas isso começa primeiro pelo atacado, depois pelas redes de supermercados, uma vez, que na fazenda o preço da carne já começou cair com força total e essa inércia nunca é acompanhada no atacado e no varejo.
Torço sempre para que nosso setor (primário, na industria e no comércio) seja forte, e para isso o primário é fundamental, não adianta termos o secundário como potência, se não tivermos matéria prima para atende-lo, portanto temos que nos ajudar.
Obrigado a todos que tiveram a paciência de ler esse artigo.
Nós pecuaristas como sempre, somos o elo mais fraco da corrente, toda essa conjuntura internacional de crise não trabalha sozinha como variável de “queda livre” da arroba, outras variáveis que ficam engasgadas em nossa mente, são muito mais eficazes para que o mesmo ocorra.
Cito apenas uma, importantíssima que meu caro colega acima deu uma pincelada, o spread (leia-se a diferença de preço paga à venda da carne no atacado e ao produtor) nunca teve tão baixo, R$ 0,45/@, menor valor desde dezembro de 2006.
Isso significa que, sendo a média do spread em torno de R$ 7,00/@ ou 8,00/@ reais nos últimos 12 meses, e agora com menos de cinquenta centavos, a margem dos frigoríficos nunca teve tão folgada para se trabalhar desde 2006, não obstante, significa que os mesmos tem pelo menos R$ 6,00 ou 7,00 reais a mais de margem para poderem remunerar os produtores que já vem sofrendo muito com tempos de crise, e agora época comum de alta, época de reestruturação e foratalecimento do nosso setor, estamos passando por uma nova crise na pecuária. Não é justo que nós que temos pouco poder de barganha na comercialização de nossos produtos, sejamos sempre explorados.
Só quero alertar que pecuaristas fortes repõem o seu gado e aumenta sua produtividade, e pecuaristas explorados diminuem seus lotes prejudicando lá na frente o mercado como um todo, temos que trabalhar com a política do ganha – ganha, esse alerta vai também para as redes de varejo, pois na atual conjuntura os preços devem cair no mercado, para que esse déficit da exportação seja facilmente consumido pelo mercado interno, mas isso começa primeiro pelo atacado, depois pelas redes de supermercados, uma vez, que na fazenda o preço da carne já começou cair com força total e essa inércia nunca é acompanhada no atacado e no varejo.
Torço sempre para que nosso setor (primário, na industria e no comércio) seja forte, e para isso o primário é fundamental, não adianta termos o secundário como potência, se não tivermos matéria prima para atende-lo, portanto temos que nos ajudar.