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Com Eurepgap, Bertin espera ampliar exportações

O frigorífico Bertin, que acaba de obter a certificação Eurepgap IFA para seu confinamento de gado em Guaiçara/SP, espera ampliar em 60% as exportações de carne bovina in natura este ano. "Nosso projeto é expandir [a certificação] para um grupo de fornecedores", acrescenta Marco Bicchieri.

O frigorífico Bertin, que acaba de obter a certificação Eurepgap IFA para seu confinamento de gado em Guaiçara/SP, espera ampliar em 60% as exportações de carne bovina in natura este ano. Em 2006, a empresa exportou 135 mil toneladas do produto (no ano anterior foram 124 mil toneladas). A receita com os embarques de carne in natura – que foi de R$ 750 milhões ano passado – também deve ter aumento expressivo, de 53%, projeta a companhia, segundo reportagem de Alda do Amaral Rocha, para o jornal Valor Econômico.

A previsão para este ano – de alcançar 216 mil toneladas – se sustenta principalmente na expectativa de que a União Européia retomará as compras de carne de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e do Paraná e que o Chile também voltará a importar o produto brasileiro, diz o diretor de mercado externo da Bertin Alimentos, Marco Bicchieri. “Até abril, maio, a UE deve reabrir o mercado”, prevê.

A reabertura deve ocorrer, segundo ele, após as visitas de missões da UE, este mês (para verificar resíduos em alimentos) e em março (para avaliar questões de bem-estar animal e rastreabilidade). “O Brasil cumpriu todas as etapas. Não há problemas com a Europa, mas o Chile não está seguindo nenhuma lógica”, afirma.

Para receber a certificação, o confinamento de Guaiçara, que pode engordar até 30 mil animais por ano, teve de passar por auditorias que avaliam rastreabilidade, manejo, bem-estar animal, questões ambientais e de trabalho. Uma das redes do varejo com as quais o Bertin espera ampliar negócios após a obtenção do Eurepgap IFA é a britânica Tesco.

Outro confinamento do Bertin, em Aruanã (GO) também está em processo de certificação para obter o selo que garante a entrada no varejo europeu, segundo Bicchieri. “Nosso projeto é expandir [a certificação] para um grupo de fornecedores”, acrescenta. A idéia é dar suporte aos pecuaristas que fornecem ao Bertin para que implantem a certificação. Com isso, receberiam um prêmio pelos animais entregues.

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