O mercado do boi gordo tem mais uma semana de baixa com as cotações recuando em todas as regiões pecuárias. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 60,00/@, no período analisado a queda foi de 2,87% (R$ 1,77). O indicador a prazo foi cotado a R$ 60,63/@, nesta quarta-feira. A relação de troca, boi gordo de 16,5@ por bezerros, está em 1:2,14, o valor mais baixo desde 03/01/05. Essa redução se deu graças ao queda no valor do indicador boi gordo, enquanto o indicador de bezerro sofreu leve valorização.
O mercado do boi gordo tem mais uma semana de baixa com as cotações recuando em todas as regiões pecuárias. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 60,00/@, no período analisado a queda foi de 2,87% (R$ 1,77). O indicador a prazo foi cotado a R$ 60,63/@, nesta quarta-feira.
A relação de troca boi gordo de 16,5@ por bezerros, está em 1:2,14, o valor mais baixo desde 03/01/05, início da série histórica do BeefPoint. Essa redução se deu graças a queda no valor do indicador boi gordo, enquanto o indicador de bezerro sofreu leve valorização. O indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista está cotado a R$ 463,02/cabeça, alta de 0,33% em relação a semana passada. No período de um ano, quando o indicador de bezerro foi cotado a R$ 366,19/cabeça, o aumento foi de 26,44%.
O dólar teve recuo de 2,54%, valendo R$ 1,863, com isso a arroba do boi gordo em dólares hoje está cotada em US$ 32,20.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Em São Paulo, o aumento nas escalas fez com que os frigoríficos diminuissem suas ordens de compra e os preços do boi gordo caíram para R$ 59,00/@. Em média as escalas das indústrias paulistas estão em 6 dias úteis.
Tabela 2. Cotações do boi gordo com variação relativa a 12/09/2007
O mercado de reposição esfriou. Apesar das cotações não demonstrarem recuos significativos, o que se vê é uma redução na procura e um certo desestímulo à efetivação de negócios nos patamares atuais. Acompanhe as cotações de machos e fêmeas na seção cotações do BeefPoint.
Com exceção do vencimento setembro/07 (R$ 59,20/@) que continua acumulando recuos, o mercado futuro voltou a fechar em alta essa semana, esboçando uma possível recuperação nos preços.
Segundo o broker de mercado, Rodrigo Brolo, “o mercado futuro segue firme e com tendência de alta. Após uma queda de R$6,00/@ no mercado físico que levou o mercado futuro a cair fortemente, parece que o mercado está apontando para uma reversão de tendência. A notícia de que estão chegando animais mais leves para o abate indica uma antecipação dos abates pelos pecuaristas, o que poderá implicar em falta de animais mais para frente”.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 12/09/07 e 19/09/07
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
Também na Europa foi divulgado relatório sobre as perspectivas dos mercados agrários de 2007 a 2014 feito pela Comissão Européia. As informações indicam que a produção de carne bovina nos 27 países membros da União Européia (UE) poderá diminuir cerca de 7,6 milhões de toneladas até 2014. As principais causas podem ser o impacto do desacoplamento parcial das ajudas comunitárias – o desacoplamento determina que as ajudas diretas passam a ser independentes dos volumes de produção; isto é, os produtores não serão mais incentivados a produzir para terem acesso aos subsídios – e o aumento do preço dos cereais, o que reduz o incentivo à produção intensiva de bovinos.
As exportações brasileiras de carne bovina tiveram aumento de 20% na receita dos primeiros oito meses deste ano em relação ao mesmo período de 2006, segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Entre janeiro e agosto, as vendas renderam US$ 2,9 bilhões para empresas e frigoríficos. Em volume as exportações também cresceram 14,6%, para 1,77 milhão de toneladas.
A missão russa que está no Brasil, já visitou frigoríficos e instituições em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. O governo do MS e os pecuaristas sul-matogrossenses esperam que até novembro os técnicos da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) também analisem os prazos e o cumprimento de exigências, visando a retomada das exportações de carne.
Para o diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Altino Rodrigues Neto, a visita é extremamente importante. “A vinda de uma missão internacional para conhecer o trabalho de controle da brucelose e tuberculose é muito positiva porque demonstra a preocupação de países importadores, como a Rússia, com relação à sanidade animal e principalmente à saúde pública”, comentou.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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A defasagem entre o preço pago pela @ no Pará e em São Paulo já foi de 30%, alguns meses atrás, hoje está em 15%. Além da conjuntura de mercado, está influenciando o reconhecimento da região sudeste e sul do Estado, maior produtora, como zona livre de aftosa com vacinação, por parte da Organização Mundial de Saúde Animal. Isso já deve estar repercutindo na recuperação do preço. Também atua como fator positivo a exportação de gado vivo para países do Oriente Médio.
Trata-se de um bom indicador, visto que o elo mais fraco da cadeia, no Pará, é o produtor. Sua melhor remuneração pode ser um incentivo à modernização da produção, e consequentemente trará um melhor desempenho para o desenvolvimento econômico do Estado.