O mercado do boi gordo teve nova semana de alta, com o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista acumulando valorização de 0,86% nos últimos 7 dias. O indicador a prazo foi cotado a R$ 84,47/@ nesta quarta-feira, registrando variação positiva de 1,02% na semana. As cotações da arroba de boi estão praticamente nos mesmos patamares desde final de junho. Apesar de existir alguns fatores baixistas no mercado, a oferta de animais prontos para abate está bastante restrita e tem pesado mais na formação dos preços.
O mercado do boi gordo teve nova semana de alta, com o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista acumulando valorização de 0,86% nos últimos 7 dias. O indicador a prazo foi cotado a R$ 84,47/@ nesta quarta-feira, registrando variação positiva de 1,02% na semana.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo a prazo
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
As cotações da arroba de boi estão praticamente nos mesmos patamares desde final de junho. Segundo os pesquisadores do Cepea, apesar de existir alguns fatores baixistas no mercado, a oferta de animais prontos para abate está bastante restrita e tem pesado mais na formação dos preços.
O leitor do BeefPoint, Manoel Torres Filho, de Tupi Paulista/SP, informou que a arroba do boi gordo está sendo negociada a R$ 81,00 para pagamento à vista e da vaca a R$ 77,00.
José Diogo Lacerda Partata informou através do formulário de cotações que na região de Rio Verde/GO os frigoríficos estão pagando R$ 77,50/@ à vista. “Estão fazendo pressão para derrubar a cotação, mas não estão conseguindo. Um grande frigorífico mandou falar que na segunda era R$ 1,00 a menos. Parece até que nós somos bobos, com esse preço já não está comprando”, ressaltou.
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Segundo o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em julho os animais oriundos de confinamento do Estado começam a ser entregues aos frigoríficos de forma mais consistente. Esta antecipação das entregas neste ano, com relação ao ano passado, deve-se a dois fatores: o primeiro é o término mais cedo das chuvas no Estado e o segundo é o receio dos produtores quanto ao preço da arroba nesta entressafra.
No final de maio o Grupo Frialto entrou com pedido de recuperação judicial e agora trabalha em seu plano de recuperação para tentar voltar ao mercado. O Independência também anunciou a paralisação da planta de Janaúba por tempo indeterminado. Uma fonte que atua na região informou que a decisão foi tomada após a realização de um levantamento de oferta de confinamento prevista para os próximos meses na região e chegaram à conclusão que não era viável manter a planta operando.
Essa semana tivemos mais uma notícia desagradável, a paralisação temporária das unidades do Frigorífico Pantanal em Mato Grosso. As três plantas localizadas no Estado abatiam juntas 1,5 mil cabeças por dia.
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, diz que qualquer fechamento causa impacto. Segundo Vacari, há 2 problemas no setor da carne, primeiro seria um possível monopólio por parte de 2 grandes grupos que detêm 33% das unidades em funcionamento atualmente. Outro problema apontado por Luciano Vacari seria a falta de remuneração por parte do setor varejista. “Os frigoríficos realmente estão pagando melhor aos produtores, mas o setor varejista também precisa entender que eles compõem uma cadeia produtiva e que é preciso repassar isso para os outros elos”, afirma Vacari ao comentar que o segmento não paga o que de fato os frigoríficos precisam.
Em seu Twitter, Otavio Juliato postou o seguinte questionamento “Alguém poderia me explicar porque tantos frigoríficos no MT estão fechando as portas? A situação financeira dos pequenos e médios em geral vai de mal a pior, mas o MT me chama a atenção, muitas baixas por lá”. Clique aqui para ver o que a comunidade BeefPoint pensa sobre o assunto e deixe sua opinião.
O mercado futuro também registrou valorização durante a semana. O primeiro vencimento, julho//10, acumulou alta de R$ 0,38, terminando o pregão de quarta-feira (14/07) valendo R$ 83,46/@. Os contratos que vencem em outubro/10 fecharam a R$ 85,19/@, com variação positiva de R$ 0,83 na semana.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 07/07/10 e 14/07/10
Segundo o Boletim Intercarnes, a procura ainda não sinaliza a evolução esperada, mantendo-se somente as especulações e algum posicionamento para o final de semana. É importante lembrar que estamos entrando na 2ª quinzena do mês, quando historicamente o consumo de carne bovina diminui. As ofertas seguem regulares e de certa forma equilibrada com a procura. Dessa forma os preços seguem estáveis. Existe um nítida pressão de baixa por parte dos distribuidores, porém não aceita pelos frigoríficos.
A tendência para os próximos dias é de manutenção dos preços, já que as escalas de abate não evoluíram e as ofertas devem permanecer regulares, tornando o mercado equilibrado.
No atacado paulista os preços permaneceram inalterados durante a semana, com o traseiro cotado a R$ 6,50, o dianteiro a R$ 4,50 e a ponta de agulha a R$ 4,00. O equivalente físico foi calculado em R$ 80,93/@ e o spread (diferença) entre indicador e equivalente subiu para R$ 2,73/@.
Tabela 2. Atacado da carne bovina
A reposição segue um pouco menos aquecida com o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista sendo cotado a R$ 679,55/cabeça e apresentando desvalorização de 1,28% na semana. Em relação ao mês passado o preço do bezerro está 6,81% menor.
Diante deste recuo a relação de troca melhorou, subindo para 1:2,03.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista x relação de troca (boi gordo de 16,5@ por bezerros)
A margem bruta na reposição também melhorou, sendo calculada em R$ 700,68. A margem bruta na reposição, representa o que sobra da venda de um boi gordo de 16,5@ e compra de um bezerro de reposição e será utilizada para investimentos, pagamento de contas e salários e lucro. Em relação ao valor apurado no mesmo período do mês passado, este indicador está 13,62% mais alto. Evidenciando que no momento a reposição está mais viável.
Segundo Manoel Torres Filho, de Tupi Paulista/SP, o mercado de reposição está muito calmo, inclusive com preços em baixa. “Semana passada (06/07) comprei bezerro nelore desmamado a R$ 650,00. O bezerro mestiço despencou, ninguém quer. Existe oferta de R$ 450,00 a R$ 500,00 e não encontra comprador. De modo geral o mercado está parado, mesmo boi para confinamento que nesta época tinha bastante procura, também está quieto”, completa. “Nos leilões que estive lotes de vaca boiadeira estão sendo vendidos muito bem. É o carro chefe dos leilões, o que levar vende, os preços estão entre R$ 700,00 e R$ 850,00, dependendo muito do estado e da raça do animal”.
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