A IFC, braço financeiro do Banco Mundial, cancelou, no fim da semana passada, a parceria que tinha com a Bertin S.A desde 2007, que previa empréstimo de US$ 90 milhões para financiar a expansão da empresa. Um total de US$ 60 milhões já havia sido liberado. De acordo com a Bertin, os prazos para pagamento do valor já liberado "foram repactuados e ocorrerão a partir de 2010", mas a empresa não informa quais eram as condições de pagamento antes de a parceria ser interrompida.
A IFC, braço financeiro do Banco Mundial, cancelou, no fim da semana passada, a parceria que tinha com a Bertin S.A desde 2007, que previa empréstimo de US$ 90 milhões para financiar a expansão da empresa. Um total de US$ 60 milhões já havia sido liberado. De acordo com a Bertin, os prazos para pagamento do valor já liberado “foram repactuados e ocorrerão a partir de 2010”, mas a empresa não informa quais eram as condições de pagamento antes de a parceria ser interrompida.
Em comunicado, a instituição de fomento diz que “a IFC e a Bertin chegaram a um acordo mútuo no início de maio para descontinuar a sua parceria”. Sem especificar as razões para a decisão, observa que “a IFC requer de si própria e de seus clientes os mais altos padrões sociais e ambientais através de seus padrões de desempenho”.
Dentro da parceria com a IFC, a Bertin, uma das maiores do setor de carne bovina do país, comprometeu-se a implantar um projeto de produção sustentável de carne em sua unidade de Marabá, no Pará, uma região da Amazônia afetada por desmatamento. Desde o início, a parceria foi alvo de fortes críticas de ONGs ambientalistas, que alegavam que o empréstimo poderia contribuir para ampliar a devastação da floresta.
Segundo apurou o Valor, o fim da parceria já vinha sendo discutido desde janeiro, portanto antes da recente enxurrada de acusações do Greenpeace e do Ministério Público Federal contra frigoríficos de carne bovina, que geraram um embargo de redes varejistas. A ONG e o MP alegam que os frigoríficos contribuem para o desmatamento da Amazônia.
“Com o cenário econômico atual, afetando o agronegócio brasileiro, a Bertin foi levada a rever a velocidade da aplicação de investimentos e a formatar um planejamento para passar pela crise e se fortalecer”, justifica a Bertin, em comunicado.
De acordo com Simone de Carvalho Soares, diretora de comunicação corporativa da empresa, expectativas diferentes em relação ao tempo para implantação da projeto levaram ao fim da parceria. A Bertin finalizou em outubro passado o projeto-piloto de pecuária sustentável no Pará, que incluiu 24 fazendas. E planeja implantá-lo a partir do segundo semestre em mais fazendas do Estado e também no Mato Grosso, segundo ela. Para a diretora, a IFC esperava que a implantação ocorresse mais rapidamente. Ela admitiu também que o projeto com a Bertin enfrentava oposição dentro da própria IFC.
O Valor apurou que as diferenças de estratégia minaram a parceria entre a IFC e a Bertin. Com a crise financeira, agravada no setor de carne bovina pela escassez de gado, as empresas estão avançando para as regiões onde há mais oferta de animais, o que atualmente significa Amazônia. A própria Bertin, além de Marabá, tem fábricas arrendadas em Redenção, Santana do Araguaia e Tucumã, todas no Pará. Financiar uma empresa que cresce na Amazônia deixou a IFC numa posição desconfortável.
Apesar de a parceira ter sido cancelada, a IFC diz que continuará apoiando projetos de sustentabilidade na pecuária no país. Em comunicado, informou que prestou assessoria no lançamento de projeto com os fornecedores da Bertin, para promover o uso mais eficiente de pasto e reduzir a pressão sobre recursos florestais. A IFC também participa do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, ao qual a Bertin também aderiu, ao lado de outros frigoríficos, ONGs e financiadores.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Senhores da razao, a quase 40 anos atras o frigorifico atlas,( leia-se bertin santana do araguaia hoje)atraves de uma multinacional alema( volkswagem) foi ao (Pará)com incentivo do prorio governo brasileiro, montar oque seria na epoca o maior frigorifico do Brasil
Desenvolvendo o sul do para com incentivos do governo federal, incentivando o desmatamento e a pecuaria no estado na epoca, como a impresa e os Mincs da vida os taxam hoje de criminosos ambientais; Se na epoca foram incentivados a derrubar florestas porque o governo fez o slogam a amazonia tem que ser nossa, precisamos ocupala, assim como ocupamos outras partes do nosso territorio com coragem. Estes bandeirantes tiveram coragem e garra, porque senao esta parte do Brasil, ja nao faria parte de nosso mapa? Senhores se 40anos atras veio uma empresa europeia incentivar, a culpa nao e nossa brasileiros. Minc olhe para tras antes de ser um irresponsavel.
Concordo em todo o grau e teor, é irresponsavel as atitudes tanto do MPF quando do Ministro Minc. As açoes destes dois orgaos nao condizem com a realidade do lugar, simplesmente nao consideram a historia dos produtores que foram para tal regia a nos anos 60 e 70. Está faltando consciencia e uma aulinha de historia para esta turma.
Senhores, sou produtor também, e sou contra como todos os demais da devastação como estão nos rotulando, mas temos que rever esta posição de nossas autoridades, pois viram como a maré, de uma hora para outra trocam de posição como de camisa, uma coisa que foi incentivada pelo próprio governo da época não deve ser taxada simplesmente de marginal hoje, na época fomos nos os brasileiros desafiados a povoarmos a amazônia e hoje somos taxados de devastadores, espera ai, somente fizemos o que nos propuzeram, assim como Rondon, que hoje faz parte de nossa História desbravou o interior, também de certa forma nos os pioneiros fizemos isso, e hoje estamos produzindo para o Brasil e o Mundo alimentos dos mais diversos possiveis, espero que nos unimos e deixamos de bairismos para lutar contra esses oportunistas de plantão, que estão loucos para aparecer na mídia, e a bola da vez é a ecologia, cuja vidraça é o produtor.
Um Abraço
Senhores, entendo e concordo que muitos erros foram cometidos no passado, não só em nosso país, em nome do “progresso e desenvolvimento sócio-econômico”. No entanto, haja vista a atual situação mundial, com cada vez mais catástrofes “naturais” agravadas, segundo os mais renomados pesquisadores, pelo aquecimento global causado pela devastação ambiental e poluição que geramos para produzirmos riquezas e vivermos com mais “conforto”, não podemos mais nos omitir. É responsabilidade de todos – e principalmente de grandes empresas e governos – agirmos, reduzindo a emissão de poluentes, preservando áreas ambientais ainda não destruídas e, sobretudo recuperar áreas já devastadas, sobretudos as matas ciliares em todas as regiões do país.
Acredito que a política utilizada há 40 anos atrás não pode e não deve ser a mesma de hoje. Épocas diferentes exigem maneiras e estratégias diferentes de desenvolvimento. Qualidade de um produto vem desde a forma de como é produzido, não estou dizendo somente o produto por si só, mas também se é produzido dentro de padrões que garantam o desenvolvimento SUSTENTÁVEL. Graças a Deus, cada vez mais, a sustentabilidade está ai precionando para ocupar seu lugar. Se não nos preocuparmos com isso minha gente, estaremos olhando somente para nossos umbigos e esquecendo do futuro que talvez não cheguemos a conhecer, mas que nossos netos e bisnetos terão.
E tem outra, quem não entrar nessa dança maravilhosa, diga-se de passagem, estará fadado ao insucesso.
Um grande abraço a todos os leitores.
Senhores leitores, a verdadeira historia nao esta sendo divulgada que é adiçao de agua em carnes,tornando o mercado de carne extremamente dificil para frigorificos serios.Os grandes utilizam desse artificio e a imprenssa nao divulga nada,precisamos moralizar este mercado para o bem de toda a cadeia.
Concordo com o amigo Orlando Sanches, o que o Greenpeace deve fazer é agir de forma precavida e impedir o desmatamento de hoje em diante e não mexer no que já está desmatado afinal foi um incentivo governamental prevendo exatamente o que está acontecendo – ideologistas estrangeiros tentando ficar sócios do pulmão do mundo -. Sabemos muito bem que devemos preservar a floresta amazônica, não só ela, vejam o pantanal se engasgando na poeira quando deveria ter mais água, olhem ao redor e tentem impedir o desmatamento atual, essa sim seria uma atitude correta.
Greenpeace é uma organização, criada em 1971 no Canadá por imigrantes americanos, é financiada com dinheiro de pessoas físicas não aceitando incentivo de governo e empresas, mas e se formos investigar a fundo de onde vem o incentivo do greenpeace? viu é ruim mexer no que já foi e é muito fácil apontar um erro cometido difícil é evitar que aconteça de novo.