A Agência de Defesa Agropecuária (Adagri), que começa funcionar em agosto, chega com a missão de disciplinar o setor e reforçar as ações de combate à febre aftosa no Ceará, classificado como de risco desconhecido, mas empenhado em alcançar a condição de área livre com vacinação em 2005.
A segunda etapa da campanha de vacinação será em setembro e o coordenador Joaquim Sampaio Barros, da Célula de Defesa Agropecuária, ligada a Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri), diz que a agência deverá funcionar como um aliado valioso na erradicação definitiva da febre aftosa, permitindo a abertura de novos mercados para exportação de produtos e animais. “Hoje, os negócios dos pecuaristas cearenses se limitam a estados do Nordeste e Norte com a mesma equivalência sanitária”, diz.
O especialista adverte que o engajamento dos criadores no processo de vacinação é fundamental para alcançar um novo patamar no próximo ano. “Alguns produtores acreditam que uma única dose é suficiente para imunizar o rebanho, o que não é verdade”, alerta.
Na primeira fase da campanha, lançada em março e que seguiu até 31 de maio, a imunização atingiu 1.766.601 animais. Na investida, 123 dos 184 municípios cumpriram a meta de 80%. “Conseguimos alcançar 80,82% do rebanho vacinado, índice superior ao registrado no mesmo período de 2003”, diz. Na primeira etapa do ano passado, o percentual foi de 76,84%.
Sampaio informou que Adagri contará com um orçamento para o segundo semestre de R$ 4 milhões. A presença firme na segunda fase da vacinação deverá levar em conta a segurança e a sanidade animal e vegetal no estado. A instituição ficará responsável ainda por inspecionar e fiscalizar propriedades rurais, indústrias e estabelecimentos que produzam e comercializam fertilizantes, agrotóxicos e alimentos para animais.
“A Agência terá poder de interditar estabelecimentos que não estejam de acordo com as normas sanitárias de defesa agropecuária e de penalizar os que descumprirem a legislação”, afirmou. Também será desenvolvido o setor do agronegócio, educação sanitária e de formação e treinamento de recursos humanos, esclareceu Sampaio.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Adriana Thomasi), adaptado por Equipe BeefPoint