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11 de abril de 2008

Combate ao desmatamento ‘racha’ governo

Ontem, em audiência pública na Câmara dos Deputados, ficou exposto o racha no governo sobre as medidas de combate ao desmatamento na Amazônia e punição aos infratores. A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) não tem a mesma opinião que Reinhold Stephanes (Agricultura).

Ontem, em audiência pública na Câmara dos Deputados, ficou exposto o racha no governo sobre as medidas de combate ao desmatamento na Amazônia e punição aos infratores. A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) não tem a mesma opinião que Reinhold Stephanes (Agricultura).

Para incentivar os produtores a investir em recuperação ambiental, Stephanes propôs a redução da compensação do passivo ambiental. Ele defendeu uso econômico de 50% das terras desmatadas que forem recuperadas. Hoje a regra atual é de reflorestamento de 80% da área degradada para aproveitamento de 20%.

Segundo reportagem de Luciana Otoni, da Folha de S.Paulo, as comissões de Agricultura e de Meio Ambiente da Câmara debatem um projeto de lei que prevê a recuperação de até 30% de áreas desmatadas na Amazônia com dendê e outras plantas de uso comercial. Ambientalistas chamam o projeto de “floresta zero”, entendendo que ele legaliza o desmate.

Nas quatro horas de duração da audiência, Marina Silva foi duramente criticada por deputados do Pará, Rondônia e Mato Grosso, que acusaram o governo de endurecer as punições sem apresentar contrapartida em ações públicas.

Segundo o ministro, a produção agrícola pode se expandir por mais 15 anos sem necessidade de derrubada de florestas. “E quando digo que não vai ser preciso derrubar árvore eu e meu corpo técnico falamos isso com convicção. A dificuldade é chegar a isso (…) por incapacidade, falta de bom senso e uso da racionalidade em se tratar desse assunto”, disse.

“Ficar nesse discurso gelatinoso, diluído, vai fazer com que a gente passe os próximos 25 anos colhendo os mesmos resultados”, rebateu Marina. Segundo ela, o desmatamento cresceu 10% nos últimos seis meses. “Quem é contra pode continuar sendo contra, mas com esse combate ganha o país, a agricultura e ganha a governança ambiental brasileira”, alfinetou.

0 Comments

  1. Marco Antonio Ribeiro Magalhães disse:

    Existem mais coisas entre o céu e a terra que a nossa vã filosofia pode alcançar.

    O movimento, contra o desmatamento, orquestrado por ONGs estrangeiras e devidamente marionetado por dona Marina Silva alcança os incautos e até bem intencionados cidadãos, mas não resiste aos argumentos de quem conhece um pouco do assunto.

    Senão Vejamos. O desmate na amazonia se dá por conta das ditas madeiras nobres. Ora madeira não é cocaina que pode se esconder em praticamente qualquer lugar quando de seu contrabando. Essa madeira chega no exterior de navio.

    Se houvesse 1) Desinteresse dessa mercadoria por conta dos cultos e civilizados europeus causaria imediatamente a queda nos preços no mercado e por conseguinte fim da pressão contra as arvores. 2) Se são gastos bilhões de dolares no combate ao narcotráfico, em nome sei lá de que, por que não gastar parte destes recursos remunerando e bem aos proprietários das terras, que não teriam o porque de desmatar?

    Lógicamente os estrangeiros poderiam ainda flanar livremente por imensos territórios indígenas criados por pressões daqueles que, pasmem, forjaram sua riqueza subjugando, escravizando ou ainda exterminando populações e etnias inteiras em função de seus interesses nem sempre confessáveis. Cá na amazonia não necessitam de armas, para explorar nossos recursos, pois tem sempre alguem para defendê-los, ou melhor nossos indígenas.

    Aqui não é o forum adequado, mas no momento quizemos fazer um pequeno desabafo. Perdoem os leitores desse prestigiado site.

  2. Antonio Francisco dos Passos disse:

    O maior problema, não é se pode desmatar mais ou não, e sim a regulamentação das áreas produtivas e que já estão desmatadas, que mesmo tendo sido desmatadas com autorização do IBAMA, dentro da lei em vigência na época, o governo não reconhece como legal, exigindo que se adeque à lei atual, absurdo dos absurdos.