O rebanho bovino da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), mantido no campus de Vitória da Conquista para aulas práticas, foi o primeiro a ser vacinado na abertura da campanha contra a febre aftosa, do governo do Estado. A intenção, segundo o gerente técnico da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Reuber Matos, é atingir todas as 80 mil cabeças na região de Conquista, dentro da meta de vacinar 100% do rebanho baiano, equivalente a 9,5 milhões de cabeças.
Matos destacou que o esforço da agência visa manter o status sanitário adquirido depois de 33 anos de luta contra a febre aftosa, graças ao trabalho realizado pela Secretaria Estadual de Agricultura, por meio de seu braço operativo, que é a Adab. Acrescentou que o criador está mais consciente e “a prova disso é que as coberturas vacinais que alcançamos nas campanhas anteriores foram por demais satisfatórias”.
O gerente técnico garantiu que as revendas do comércio regional foram abastecidas com várias partidas de vacina e que o órgão está fiscalizando a conservação do produto para que ele chegue ao criador com o máximo de eficiência. O criador que deixar de vacinar até o final deste mês, término da campanha, poderá ter sua propriedade interditada, ficando impedido de comercializar leite e animais e emitir guia de trânsito de animais. Nesses casos, a Adab faz a vacinação compulsória, sem prejuízo de multa ao criador omisso.
Ele reforçou a condição de zona livre da doença e ressaltou que é importante a manutenção das parcerias que o governo estadual firmou, seja com sindicatos rurais, cooperativas e universidades, para que a informação chegue ao criador e este vacine seu rebanho para manter o status sanitário. Observou que tanto o secretário de Agricultura, Pedro Barbosa de Deus, como o presidente da Adab, Luciano Figueiredo, defendem a educação sanitária, informando o criador para que ele também participe, interagindo nessa questão. “Ele já vacina sabendo a importância da campanha e, dessa forma, mantém seu rebanho livre da aftosa, podendo comercializar seus animais em todo o território nacional e até em outros países”, finalizou.
A Adab realiza ainda o monitoramento da febre aftosa na Bahia, por meio de exames sorológicos nas regiões de Barreiras, Santa Maria da Vitória, Paulo Afonso e Feira de Santana, em parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O objetivo do trabalho, segundo o coordenador estadual do programa, Valentim Fidalgo, é demonstrar que na área considerada livre de febre aftosa inexiste o vírus causador da doença.
Fonte: A Tarde/BA (por Juscelino Souza), adaptado por Equipe BeefPoint