A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) pode votar nesta terça-feira (20), em decisão terminativa, projeto que disciplina a aplicação de rastreabilidade na cadeia produtiva da carne de bovinos e búfalos.
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) pode votar nesta terça-feira (20), em decisão terminativa, projeto que disciplina a aplicação de rastreabilidade na cadeia produtiva da carne de bovinos e búfalos.
De acordo com o projeto (PLC 135/09), o objetivo da rastreabilidade é o aperfeiçoamento dos controles e garantias nos campos da saúde animal, saúde pública e inocuidade dos alimentos. A rastreabilidade se baseará em instrumentos como marca a fogo, tatuagem ou outra forma permanente e auditável de marcação dos animais, para identificação do estabelecimento proprietário – o que é dispensável quando for utilizado sistema de identificação por dispositivo eletrônico; Guia de Trânsito Animal (GTA); nota fiscal; registros oficiais dos serviços de inspeção de produtos de origem animal nos âmbitos federal, estadual e municipal, conforme exige a legislação; e registro de animais e produtos efetuados no âmbito do setor privado pelos agentes econômicos de transformação industrial e distribuição.
O projeto foi apresentado pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Em voto favorável à matéria, o senador Gilberto Goellner (DEM-MT) lembra que a exigência legal de rastreabilidade para os alimentos produzidos ou exportados para a União Europeia já provocou embargos às exportações de carne bovina brasileira. E registra que outros mercados tendem a exigir também tais procedimentos.
As informações são da Agência Senado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
0 Comments
Aleluia!
Há que se lembrar que nestas idas e vindas de ERAS, SISBOV e não sei mais o que, quem sempre ficou com o prejuízo foi o produtor.
Será que desta vez vai mesmo?
Eu sugiro que para implantar o sistema de Rastreabilidade seja adotado o modelo francês. Se perguntarem aos “iluminados” que vivem bolando sistemas de rastreabilidade ou mesmo aqueles que ocupam cargos nos órgãos públicos e que nunca trabalharam no campo, o que é Rastreabilidade e o que está envolvido neste sistema – os benefícios para o produtor/criador não saberão responder. Solicito lerem os anais do Simpósio sobre Produção de Novilhos de Corte/Precoce, que foi realizado em Goiânia-GO, no ano de 1999.
Na realidade o que vemos, como já afirmei certo vez no Beef Point é apenas brincar animais na propriedade, na véspera de ir para o Abatedouro, sem contar dos casos que chegaram a ser filmados sendo colocados brincos nos animais nos Frigoríficos. O sistema bolado por esses “iluminados” permite que brincos comprados para animais de 2 a 3 anos sejam colocados em animais que tem 5 anos e vice-versa. Depois vem querer dizer que isto é sério. Eu pergunto porque retiraram o incentivo da Produção de Novilhos Precoces? Porque até o momento não implantaram o Sistema de Avaliação e Classificação de Carcaças? Os frigoríficos não tem interesse e não querem, pois já estão fazendo a classificação dentro dos frigoríficos – quando vai ser desarticulada a cabeça – pela dentição, já classificam os animais em: SUPERPRECOCE, PRECOCE e NORMAL, fitas colocadas no garrão, BRANCA, AZUL e BRANCA, e VERDE AMARELA, respectivamente; e cada uma das carcaças classificadas já vão para a câmara de resfriamento específica, para depois serem desossadas e pasmem com preços diferenciados. A Verde-Amarela nem precisa dizer para qual mercado será destinada. Se for feita uma auditoria, com relação aos brincos de rastreabilidade que são colocados e a idade avaliada pela dentição, a surpresa será grande. Quanto a aplicação de medicamentos e outras drogas o consumidor nem tem idéia do que esta comendo.
Infelizmente se quiserem fazer a rastreabilidade funcionar é procurar pessoas que tenham conhecimento e competência para orientar e não querer que as coisas sejam empurradas “goela abaixo” aos produtores.