A Comissão Europeia considera que os pecuaristas europeus exageram quando dizem que um acordo comercial entre s União Europeia (UE) e o Mercosul arruinaria a produção europeia de carne bovina. "É exagerado sugerir que um acordo destruiria a indústria europeia de bovinos", disse o porta-voz comunitário do Comércio, John Clancy, em resposta às denúncias dos produtores e pecuaristas europeus, agrupados na organização Copa-Cogeca, que afirmaram que um acordo com o bloco latino-americano poria em perigo esse setor pecuário europeu.
A Comissão Europeia considera que os pecuaristas europeus exageram quando dizem que um acordo comercial entre s União Europeia (UE) e o Mercosul arruinaria a produção europeia de carne bovina.
“É exagerado sugerir que um acordo destruiria a indústria europeia de bovinos”, disse o porta-voz comunitário do Comércio, John Clancy, em resposta às denúncias dos produtores e pecuaristas europeus, agrupados na organização Copa-Cogeca, que afirmaram que um acordo com o bloco latino-americano poria em perigo esse setor pecuário (veja matéria relacionada).
Da mesma forma, o Parlamento Europeu aprovou um informe em que critica a possibilidade de novas concessões agrícolas da UE ao Mercosul, bloco em que há países líderes na exportação mundial de carnes.
“Para os produtores europeus, é importante admitir que a Política Agrícola Comum (PAC) está aí para apoiá-los e para cobrir a diferença de custos que precisam assumir, por causa do alto nível de bem-estar animal e do meio-ambiente que existe na UE”, disse Clancy.
Ele reconheceu que alguns requisitos são mais rígidos para os pecuaristas da UE que para a carne obtida no Mercosul, mas disse que os “consumidores europeus têm escolhido padrões de qualidade altos”. “Em vez de proibir as importações (de países terceiros), deveríamos aumentar a informação ao cidadão sobre as diferenças” entre as produções de dentro e de fora da UE, disse ele.
Por outro lado, na Irlanda, os produtores têm ocupado essa semana os escritórios da UE em protesto pela negociação com o Mercosul.
Essas críticas estão sendo feitas uma semana antes dos representantes da UE e do grupo sul-americano se reunirem em Bruxelas para continuar as discussões, visando um acordo de livre comércio. Nessas negociações, o Mercosul exige concessões agrícolas e a UE tem interesse nos setores industriais e de serviços.
Segundo fontes comunitárias, na reunião da próxima semana, não se discutirão ofertas concretas de acesso a mercados, nem concessões específicas para produtos como a carne bovina.
A reportagem é da agência EFE, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Seria muito bom divulgarem as diferenças entre os sistemas de produção sul americano e europeu. Só que de maneira neutra, o que é dificil. Nosso sistema de alimentação à pasto é mais seguro, econômico e sustentável que o europeu. O que é melhor em termos de bem estar animal? O pastejo ou o confinamento? E o que é mais seguro do ponto de vista alimentar? Suplementação alimentar para bovinos com produtos de origem animal ou exclusivamente vegetal? A doença da vaca louca nunca foi registrada no Mercosul. Já na UE ainda continuam detectando casos de animais contaminados. Isto para não mencionar o nível de nossas plantas frigoríficas em relação as européias. Possuimos um dos parques mais modernos do mundo e o europeu esta completamente defasado. Por favor não aguento mais ouvir esta “ladainha” dos produtores europeus que não conseguem competir nem com os gigantescos subsídios governamentais.