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Comissão Européia rejeita lista com 523 fazendas

Uma lista com 523 propriedades brasileiras aptas a exportar carne foi rejeitada pela União Européia (UE), ontem, em Bruxelas. Hoje, um novo encontro está marcado. A comissão também quer discutir como será a missão dos veterinários europeus que virá ao Brasil.

Uma lista com 523 propriedades brasileiras aptas a exportar carne foi rejeitada pela União Européia (UE), ontem, em Bruxelas. A lista não tem apenas base técnica e alguns nomes teriam sido mantidos por pressão política. Para completar, o número de animais em cada fazenda foi modificado. Irritados, os europeus pediram que o Brasil voltasse hoje com uma lista revisada e com apenas 300 propriedades.

Oficialmente, o gabinete do comissário de Saúde e Proteção do Consumidor da UE, Markus Kyprianou, optou pelo sigilo sobre o conteúdo da conversa. “Vamos continuar as reuniões amanhã”, minimizou a porta-voz da CE, Nina Papadoulaki.

Para surpresa dos europeus, alguns nomes da lista apresentada ontem sequer estavam em listas anteriores. Para complicar ainda mais a situação, o número de cabeças de gado por fazenda era diferente do apresentado em janeiro, o que deixou o Itamaraty furioso com o Ministério da Agricultura. O governo acabou reconhecendo, durante a reunião com os europeus, que, de fato, nem todas as fazendas na lista inicial estavam 100% verificadas.

Hoje, um novo encontro está marcado. A comissão também quer discutir como será a missão dos veterinários europeus que virá ao Brasil. A viagem começa dia 25 e Bruxelas pretende visitar 10% das 300 fazendas indicadas. Com base nessa visita, os veterinários vão sugerir se o embargo deve ser mantido ou não.

As informações são do jornal O Estado De S.Paulo.

0 Comments

  1. Paulo Eduardo Nobre disse:

    Prezados leitores,

    Tomo a liberdade de sugerir a leitura dos comentários feitos pelo sr. Hélio Cabral Jr. ao artigo “Embargo à exportação européia – por um tratamento de choque” (Espaço aberto), onde, para esta matéria, eu acresceria a falta de critérios e transparência para a escolha das propriedades que compõem a “dita” ou “maldita” lista.

    Anteriormente, aquilo que nos parecia tão somente interesse comercial, agora nos dá a certeza de ter seu cunho político, ainda mais relevante.