Técnicos do Ministério da Agricultura do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Bolívia e Paraguai criaram uma comissão multinacional para investigar a suspeita de febre aftosa na província paraguaia de Canindeyú, divisa com o Mato Grosso do Sul e Paraná. O grupo foi criado quarta-feira (09) durante reunião no Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), localizado no Rio de Janeiro.
Foi definida uma agenda de trabalho que incluirá investigação epidemiológica, levantamento das propriedades, exame dos animais e coleta de material para análises laboratoriais pelo Panaftosa. A fronteira com o Paraguai está fechada desde o dia 24 de setembro para o trânsito de animais, produtos e subprodutos.
Segundo o diretor substituto do Departamento de Defesa Animal, Jamil Gomes de Souza, os trabalhos da comissão começam na segunda-feira (14) e a previsão é de que durem uma semana, podendo ser prorrogados.
Os técnicos também concluíram que, ao contrário do que o Paraguai vinha afirmando, a suspeita é realmente de febre aftosa. A conclusão foi baseada no resultado de testes em amostras coletadas em 460 animais pelo Serviço Nacional de Saúde Animal do Paraguai (Senacsa) e enviadas ao Panaftosa.
Conforme a resolução assinada pelos seis países e pelo Panaftosa, dos 460 animais examinados, 10 apresentaram reação sorológica positiva. A investigação revelará se a presença do vírus é provocada por vacina ou por um novo foco de aftosa.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e O Estado de São Paulo (por Gecy Belmonte), adaptado por Equipe BeefPoint