Antes de aceitar a negativa das autoridades sanitárias do Paraguai sobre a existência de focos de aftosa, uma comissão formada por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Serviço Nacional de Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai, que conta com a participação de veterinários do Centro Pan-americano de Febre Aftosa, vai a Corpus Cristi, no Paraguai, para avaliar in loco a suspeita de enfermidade vesicular em bovinos, que tem sintomas parecidos com a febre aftosa.
Até a decisão final do grupo, continua o trabalho de fiscalização e o fechamento das fronteiras. No Mato Grosso do Sul as barreiras sanitárias, que já somam 22, serão mantidas por tempo indeterminado e devem contar até a próxima semana com a participação efetiva do Exército. Na sexta-feira (27) os fiscais começaram a pulverizar todos os veículos que trafegam pela área, independentemente de estarem ou não transportando animais.
O presidente do Serviço Nacional de Saúde Animal (Senacsa), Gerardo Bogado, afirmou que o Paraguai, que possui quase 10 milhões de bovinos, não está realizando vacinação contra a febre aftosa no rebanho. Segundo ele, o Governo paraguaio confia no laudo que diz que a doença é Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR). “Não julgamos que a vacinação seja necessária”, afirmou, lembrando, no entanto, que as autoridades paraguaias aceitam a manutenção de barreiras sanitárias ao gado vivo, carnes e subprodutos até que o Governo brasileiro realize novos exames comprobatórios da doença.
Fonte: Correio do Estado (por Rosana Siqueira), adaptado por Equipe BeefPoint