Comitê Veterinário da UE confirma fim do embargo às exportações de carne da Argentina

O Comitê Veterinário da União Européia (UE) aprovou, logo no início desta semana, a proposta da Comissão Européia de remover as restrições às exportações argentinas de carne bovina para UE, interrompidas devido ao problema enfrentado pelo país em relação à febre aftosa. Este comunicado foi divulgado nos noticiários.

Assim sendo, a partir de 1^o de fevereiro, o produto argentino poderá novamente ser importado pela UE. As únicas exceções são as províncias de La Pampa e Santiago del Estero. Nestas províncias, foram confirmados casos de aftosa nos últimos 60 dias, ficando as exportações destas regiões ainda bloqueadas.

As importações de carne da Argentina foram suspensas pela UE em março de 2001, após o aparecimento da doença.

Os membros da UE irão agora permitir a importação de carne desossada e maturada de áreas da Argentina onde não tenham ocorrido focos de aftosa nos últimos 60 dias.

Os EUA ainda mantém o veto às exportações de carne da Argentina.

Europa espera a carne argentina

Os importadores tradicionais de carne argentina na Europa temem uma redução de preços causada pela avalanche de ofertas recebidas de Buenos Aires logo após o anúncio da abertura dos mercados pela União Européia (UE).

Desde o anúncio de terça-feira passada, quando as exportações foram liberadas, as empresas compradoras de carnes começaram a receber contatos de empresas argentinas interessadas na retomada dos negócios, informando os importadores a respeito da disponibilidade de produto em estoque.

Apenas uma empresa importadora de Londres recebeu ofertas que somam 9.000 toneladas de carne, o que corresponderia a quase um terço das 28.000 toneladas que a Argentina pode comercializar com a UE dentro da Cota Hilton.

A Cota Hilton poderá ser vendida até 30 de junho. Vários importadores europeus dizem-se temerosos ante a possibilidade da Argentina tentar colocar o volume de 28.000 toneladas entre 1^o de fevereiro e 30 de junho. A colocação de um grande volume de produto, segundo eles, poderá causar uma baixa nas cotações na UE.

Fonte: Meatingplace (por Dan Murphy) e La Nación, adaptado por Equipe BeefPoint