Os principais aditivos utilizados na confecção de silagem no nosso país são os inoculantes bacterianos, os químicos (uréia, cal virgem, ácidos tamponados) e os absorventes (polpa cítrica e farelos de cereais). A forma de aplicação não é a mesma dentre estas opções e, o momento de aplicar, pode variar de acordo com os equipamentos que cada propriedade agrícola possui. São muitos os fatores que afetam a eficácia de um aditivo, como a dose, a forrageira na qual está sendo aplicado e a espécie de bactéria, caso for inoculante bacteriano.
Os principais aditivos utilizados na confecção de silagem no nosso país são os inoculantes bacterianos, os químicos (uréia, cal virgem, ácidos tamponados) e os absorventes (polpa cítrica e farelos de cereais). A forma de aplicação não é a mesma dentre estas opções e, o momento de aplicar, pode variar de acordo com os equipamentos que cada propriedade agrícola possui.
São muitos os fatores que afetam a eficácia de um aditivo, como a dose, a forrageira na qual está sendo aplicado e a espécie de bactéria, caso for inoculante bacteriano. Contudo, o contato do aditivo com a massa de forragem é de extrema importância, pois a desuniformidade na aplicação leva a resultados negativos.
Quanto aos inoculantes bacterianos, a aplicação pode ser realizada na colheita, pois algumas máquinas nacionais dispõem de kits para tal fim, ou quando os vagões chegam ao silo utilizando-se bomba costal. Em ambos os casos, os inoculantes bacterianos sempre devem ser diluídos em água, de acordo com a recomendação do fabricante. Em silos com capacidade de 150 toneladas, nós temos usado dois aplicadores providos com bomba costal e o trabalho tem ficado bem homogêneo. Quando o veículo está distribuindo as camadas de forragem no silo mediante as lâminas frontais ou traseiras pode ser o momento ideal de aplicação, conforme as Figuras 1 e 2.
Figuras 1 e 2. Aplicação de aditivo bacteriano mediante o uso de bomba costal.
Em relação aos aditivos absorventes, que em geral são utilizados em forragens úmidas (capins tropicais) as condições operacionais e econômicas são vantajosas quando a fazenda produz pequenos volumes de silagem, pela dificuldade de aplicação e/ou homogeneização. A EMBRAPA Pecuária do Sudeste, localizada em São Carlos, SP, desenvolveu um método prático para distribuir polpa cítrica peletizada em silagens de capim-Marandu e capim-Tanzânia, onde uma distribuidora de calcário foi adaptada para tal fim.
Ajustando a velocidade e a vazão de saída do equipamento pode-se regular a quantidade de aditivo que deve ser aplicada por tonelada de forragem (Figura 3). Desse modo, elimina-se o uso de funcionários que estariam responsáveis pela distribuição do aditivo, como, em geral, é realizado na grande maioria das fazendas que optam pelo uso de aditivos absorventes.
Figura 3.
A uréia pode ser diluída na seguinte proporção: 4 litros de água para cada quilograma do aditivo. Por exemplo: se a dose for de 1%, aplica-se 40 litros da solução por tonelada de forragem fresca. Quanto a cal virgem, a distribuição tem sido realizada na forma diluída ou seca. Quando se tratar de pequenos volumes de silagem o aditivo na forma pulverulenta pode ser homogeneizado em vagões forrageiros (realizam a distribuição da ração), sendo que cerca de 5 a 10 minutos é suficiente para a completa uniformidade da mistura.
Se a opção for por aplicar na forma diluída, deve-se usar um volume maior de água, quando comparado a uréia (4 litros de água para cada 500 g de cal virgem), pois este aditivo possui solubilidade inferior.
Para finalizar, gostaríamos de ressaltar que o importante é fazer uso da criatividade e aproveitar tudo aquilo que se tem disponível na fazenda. Não existe regra, principalmente, quanto ao local de aplicação. O essencial é garantir o contato entre forragem e aditivo através de uma distribuição uniforme, garantindo a eficiência do mesmo.
5 Comments
minha cana pegou fogo, gastaria de saber se eu utilizar como silagem vai fazer mal
aos meus animais( gado de leite). e se pode utilizar como devo proceder?
Prezado Ricardo José da Costa Silva Junior,
Você deve ensilar a cana em até uma semana para que não ocorra inversão da sacarose e consequente perda no valor nutritivo.
A silagem não tem problema nenhum em fornecer aos animais. Na ensilagem da cana é recomendável adicionar algum aditivo que controle perdas em decorrencia de fermentação por leveduras.
Atenciosamente
Rafael Amaral
Pretendo ensilar capim elefante.
Tenho disponivel residuo de milho de uma industria de milho enlatado(sabugo e palha).
Posso usá-lo como aditivo para absorção de umidade.?
Qual proporção.?
Obrigado.
Prezado Leonel Andrade,
Você pode utilizar sem problemas. Esse resíduo irá elevar o teor de MS da silagem, o único problema é que o valor nutricional é inespressivo, mais com certeza irá auxiliar na fermentação.
A inclusão pode ser de 5 a 7% com base na matéria natural, ou seja, para cada 100 kg de forragem, coloca-se de 5 a 7 kg. De preferência tente picar esse resíduo antes de adicionar a forragem.
Atenciosamente
Rafael Amaral
Posso utilizar inoculante junto com cal para ensilagem de cana???