Dez grandes companhias concentram de 60% a 70% das compras de uma família e tornam o Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo. O que sobra do mercado é disputado por cerca de 500 empresas menores, regionais.
Além de multinacionais como Nestlé, Coca-Cola e Unilever, há empresas brasileiras com grande participação no mercado varejista, como a BRF e a JBS.
A BRF – nascida da união entre Sadia e Perdigão – é líder em vários segmentos das gôndolas: está presente em 28 das 30 categorias de alimentos perecíveis analisadas pelo instituto Nielsen, como massas, congelados de carne, margarinas e produtos lácteos. A BRF está na mesa de aproximadamente 90% dos 45 milhões de domicílios do Brasil. Ela é responsável por 20% do comércio de aves no mundo.
Outra empresa brasileira com grande presença na mesa dos brasileiros e de outros países é a JBS, dona de várias marcas conhecidas, como Friboi, Seara, Swift, Maturatta e Cabana LasLilas. Com essa variedade de produtos e a presença em 22 países de cinco continentes (entre plataformas de produção e escritórios), ela atende mais de 300 mil clientes em 150 nações.
Para alguns economistas, tem havido um aumento da presença do Estado na economia brasileira, um movimento que ganhou força no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o BNDES passou a conceder financiamentos a juros mais baixos para promover as chamadas “campeãs nacionais”.
Nesse caso, foi estimulada a criação da BRF, por exemplo. Esse movimento de empresas brasileiras mais fortes no exterior cria gigantes, mas não necessariamente essa liderança traz vantagens para os consumidores brasileiros, que continuam com poucas opções quando vão ao supermercado.
Fonte: www.redebrasilatual.com.br, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
2 Comments
O BNDS tem no “S” a palavra SOCIAL. Todavia, este banco estatal estimula a concentração de renda ao invés de fomentar o crescimento das pequenas empresas que são as que mais empregam no país. Isto estimularia a concorrência que só beneficia os consumidores (e os fornecedores).
O BNDES foi criado para promover o Desenvolvimento Social e não está cumprindo este papel. Pelo contrário, promove a concentração de renda, prejudicando os pequeno produtores e sufocando os fornecedores. A pecuária brasileira só tem a perder com esta concentração.