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18 de julho de 2014
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18 de julho de 2014

Confira comentários sobre a previsão de Roberto Barcellos sobre a produção de carne de qualidade

Roberto Barcellos, engenheiro agrônomo e responsável pela marca Beef&Veal, publicou sua previsão sobre a produção e o mercado de carne bovina de qualidade, confira o que os leitores comentaram sobre sua previsão!

1) Metade das lojas de carne que estão surgindo irão fechar em no máximo 2 anos.
2) As lojas de carne que aprenderem a agregar valor em cortes de dianteiro e menos nobres de traseiro  terão sucesso.
3) As lojas irão vender mais miolo de acém e miolo de paleta do que picanha para churrasco.
4) Produtores de Wagyu irão repensar o seu negócio.
5) Castração somente ocorrerá para programas de qualidade que remunerem no mínimo 10%.
6) Programas que pagam prêmio por animais inteiros vão deixar de pagar prêmio.
7) Misturar animais inteiros e castrados na mesma marca de carne irá depreciar a marca.
8) Como dizia no passado “continuo não acreditando em marcas que se iniciam no curral do frigorífico”.

Vejo que o maior desafio que devemos travar a favor da evolução desse mercado de carnes nobres, é a conscientização dos consumidores a respeito do alto padrão de qualidade e nobreza que residem nos cortes do dianteiro. Esse tem sido um entrave para a solução das demais equações que circundam essa cadeia, pois os frigoríficos podem até pagar 10% de bonificação pelo gado castrado, mas precisam ter melhor rentabilidade na carcaça como um todo.

As boutiques de carnes, adquirem apenas alguns cortes do traseiro, e o restante da carcaça o frigorífico tem o ônus de colocar no mercado a preço de “commodity”, enfrentando o tempo todo a sazonalidade da oferta e procura desse outro nicho. Os frigoríficos podem pagar até mais de 10% de bônus aos produtores, não vejo problema nisso, mas essa conta precisa fechar na outra ponta também. Então viveremos o melhor momento, onde o consumidor gozará de muitas opções de cortes, texturas, sabores, preços, e seus pratos poderão contar com a sofisticação e a inovação dos cortes do dianteiro; os frigoríficos terão uma rentabilidade melhor e menor risco, conseguindo agregar valor em toda a carcaça; os produtores, por sua vez, serão assediados pelos frigoríficos para fecharem contratos de produção com bonificação pré fixada e indexada aos resultados acordados antes da produção. Samuel Oliveira Santos

Exatamente, bateu em cima nos 10% de bonificação para castrado, caso contrário a conta não fecha! Parabéns Rafael Ruzzon 

Concordo plenamente…No momento temos que elevar a qualidade da carne padrão ou “commodity”, o cliente ainda tem muitas surpresas negativas ao comprar no açougue do dia dia. Isso passa pela melhoria genética do nelore para qualidade de carne, emprego de cruzamentos e manejos visando boas carnes.
Quando o consumidor do dia dia for plenamente atendido, vamos pensar em marcas diferenciadasMauricio Amorim

Concordo plenamente com o Barcellos, o consumidor anda mais exigente, buscando qualidade nos produtos que consome, ele quer saber de onde veio e como foi produzido esse animal, forma de abate, entre outros.
Qualidade e padrão caminham lado a lado, não tem como agregar valor a uma marca que é “feita” nos currais do frigorífico, por ela não ter padrão, esse padrão que agrega valor no produto. Não tem como pagar um valor num produto que ele não merece, o produto tem que ter procedência, qualidade e padrão.
Outro ponto positivo é a valorização do corte, não existe carne de segunda, quando o animal é de primeira, é possível sim ter pratos maravilhosos com a carne do dianteiro, por que não? Helen Oliveira

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