Alta nas exportações: Mato Grosso teve em dez/14 um aumento de 29% no valor exportado em relação a nov/14.
Destaque para a Venezuela que, mesmo tendo problemas de abastecimento por causa da atual crise do petróleo (principal fonte de renda do país), representou, em valor, 45% da exportação de carne bovina mato-grossense. No agregado do ano, aquele país importou 28% de todo o volume exportado pelo Estado. Já considerando todos os destinos da carne mato-grossense em 2014, o faturamento do Estado foi de pouco mais de US$ 1,2 bilhão, sendo este valor 12% maior que o de 2013. Para se ter uma ideia, este valor representa 18,71% de toda a exportação da carne bovina brasileira.
Essa evolução da comercialização internacional muito se deve aos esforços dos bovinocultores nas questões sanitária e produtiva, demonstrando cada vez mais que Mato Grosso tem condições de fornecer proteína bovina de qualidade para o mercado internacional.
• Mais contidos, os preços da arroba do boi gordo e da vaca gorda seguem se valorizando, 0,27% e 0,30%, respectivamente.
• Devido à valorização do bezerro, a relação de troca boi/bezerro teve queda de 1,02%, fechando em 1,90.
• A exportação continuou subindo, com alta de 30,22% no volume exportado e 29,12% em valor, entre os meses de nov/14 e dez/14.
• A escala de abate apresenta estabilidade neste começo de ano, fechando a semana em 5,4 dias.
QUEBRA DE RECORDES: Neste primeiro mês do ano de 2015 a cotação da arroba do boi gordo alcançou preço histórico, acima dos R$ 130,00, chegando a R$ 130,07 R$ no dia 15/01/2015. Esse patamar, até então, nunca havia sido verificado pelo Imea no Estado de Mato Grosso. Comparando os dados do Imea e do Cepea, constatou-se que o diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo no mês de dezembro diminuiu novamente, cerca de 1,49 ponto percentual, fechando em 10,43%. O diferencial em todo o ano de 2014 teve média de 12,37% e foi quase 3 pontos percentuais menor que no ano de 2013, quando registrou 15,32%. Esse ritmo de valorização mais acelerado no Estado se deve ao mercado brasileiro bastante aquecido, e também à grande demanda internacional pela proteína bovina mato-grossense. Segundo estudo realizado pelo Imea, a perspectiva é de que o estoque de machos disponíveis para abate neste ano seja 6% menor que no ano anterior, mantendo a oferta restrita. Com isso, a expectativa é de que os preços tendam a se manter firmes neste início de ano.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Imea.