Embora a maioria dos consumidores americanos ainda confiem nos meios tradicionais de fazer suas compras de carnes vermelhas e brancas, a tendência de “comprar produtos locais” está crescendo, incluindo a compra de produtos locais de carne, o que poderia fornecer um mercado potencialmente valioso para produtores e frigoríficos.
Mas o que significa “local” e o que precisa ser feito para fornecer aos consumidores uma carne “obtida localmente”?
Estudos de caso de sete plantas de processamento de carnes vermelhas e/ou carne de aves localizadas nos Estados Unidos conduzidos pelo Serviço de Pesquisas Econômicas (ERS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que as relações de negócios que beneficiam os produtores (sejam produtores individuais ou grupos coordenados de produtores) e os processadores são frequentemente mais bem sucedidas e as necessidades locais e as condições de mercado influenciam em quais modelos de negócios funcionam melhor para produtores, processadores, compradores e todos os envolvidos no processo.
O USDA sugeriu, com base no estudo, três tipos básicos de “carne local”, os quais variam por escala geográfica, formato dos produtos, canais de mercado, requerimentos de regulamentação e estrutura da cadeia de fornecimento. De acordo com as descrições do USDA, temos:
De acordo com o USDA, o tamanho da operação não é um fator determinante para a categoria na qual a operação se encaixa. Por exemplo, um produtor na categoria “muito local” pode vender 100 ou mais animais por ano diretamente aos consumidores, enquanto o produtor participando da marca “regional” pode vender somente alguns poucos animais por ano para a marca e vender o restante dos animas através de canais convencionais de comercialização.
O mercado local de carnes pode contribuir para o aumento de receitas dos produtores e de negócios para os frigoríficos e pode também dar acesso à carne local demandada pelos consumidores, o processo tem sem seus pontos negativos na cadeia. Entre eles: o transporte e a distância entre a fazenda e a planta de processamento, a sazonalidade do processo de produção e os custos de processamento, devido às economias de escala.
De acordo com o relatório, “sem uma vazão constante para gerar receitas contínuas, os processadores não podem cobrir as despesas significantes do ano todo, que incluem mão de obra qualificada, equipamentos caros, serviços e outros custos”. O USDA disse que processadores muito pequenos, pequenos e regionais podem esperar gastos totais de aproximadamente US$ 231.000, US$ 565.000 e US$ 4.442.000, respectivamente. Isso se traduz em uma planta muito pequena precisa processar 462 bovinos de corte, uma planta pequena precisa processar 1.130 bovinos de corte e uma planta regional deve processar 8,884 bovinos por ano.
Apesar dos desafios inerentes, alguns estão tendo sucesso nos mercados locais de carnes vermelhas e brancas.
Ao identificar e estabelecer relações com clientes “ancoras” para desenvolver e acompanhar ferramentas administrativas, incluindo sistemas de programação, preços variáveis e penalidades por não comparecimento, e ajudar os produtores e clientes com a comercialização e a distribuição, o USDA identificou vários passos que os processadores têm tomado regularmente para desenvolver relações bem sucedidas em canais de carnes locais.
Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.