Rodrigo Penna de Siqueira é formado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em Derivativos pela BM&F/USP, iniciou sua carreira como estagiário na Mesa Proprietária do Banco CCF Brasil SA, em 1998. Dois anos depois, entrou para a empresa de consultoria de negócios Booz-Allen & Hamilton. Em julho de 2001, a convite de seu avô Otávio Lage de Siqueira, retornou para Goiás para gerenciar projeto de implantação do sistema ERP da SAP, no Frigorífico Goiás Carne. A partir de então, assumiu outras funções dentro dos empreendimentos do Grupo Otávio Lage, onde atua até hoje.
De 2002 à 2007, foi diretor geral do Goiás Carne, com foco na reestruturação e reorganização da empresa, ajudando o negócio a se tornar rentável e competitivo. Nesse período, foi membro do conselho da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). Em seguida, assumiu a diretoria do Grupo Otávio Lage onde ajudou a focar as atividades do grupo nas áreas de Pecuária (cria, recria, confinamento e venda de touros), Agricultura e Seringueira (Heveicultura). No negócio de Heveicultura, participou na conclusão de projeto de 1 milhão de árvores de Seringueiras em Barro Alto – GO e coordenou estruturação e início do novo projeto de Seringueiras, de 1 milhão de árvores no Tocantins.
Coordenou a implantação de um processo de governança corporativa, com a criação de um acordo de acionistas e um Conselho de Administração com dois membros independentes, profissionais de mercado. Também atuou na entrada do Grupo no ramo imobiliário, estruturando um loteamento de 1049 lotes em Goianésia-GO.
Já foi presidente e vice-presidente do Conselho Temático do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e, atualmente, é vice-presidente financeiro da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (ADIAL), vice-presidente da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores), presidente da Coopercred e membro do Grupo Novos Líderes.
Jhonatta Miranda (JM): Qual o maior desafio da sua fazenda de gado de corte hoje ?
Rodrigo Penna de Siqueira (RS): O meu maior desafio hoje é um bom controle dos custos, aumentar a produtividade e conseguir resultado no mercado. Porque com os insumos em alta e o preço da @ abaixo do que esperávamos, não se pode errar em nada. Assim, é extremamente necessário ter sucesso no ciclo completo da pecuária de corte, ter um bom manejo dos pastos e do gado, ter uma alta taxa de prenhez aliada a uma baixa mortalidade, uma genética com boa conversão e trabalhar bem na compra de gado para engorda (60 a 70 por cento do custo da recria é a compra) para assim, gerar bons resultados que remunerem o capital investido na atividade.
JM: Qual seu maior aprendizado em 2012?
RS: Meu maior aprendizado foi reduzir ao máximo os riscos de variação de preços de venda e de compra de insumos. Sempre travamos o preço do boi e de insumos, mas no ano de 2012 intensificamos bastante essa operação. Com isso, tivemos um maior controle de custos e um melhor resultado com riscos menores.
JM: O que você pretende fazer de diferente em 2013?
RS: Rastrear melhor a compra de gado, só comprar boi no peso e com metas de peso para compra. Intensificar os controles financeiros e zootécnicos e reduzir ao máximo os riscos de variação de preços de venda de boi e de compra de insumos.
JM: O que você mais gosta no BeefPoint?
RS: Acho o pessoal muito bom! O quão eles estão inseridos na cadeia produtiva da pecuária de corte, a relação deles com pesquisadores, professores, players do mercado o número de eventos para atualizar os profissionais da área e produtores e o tanto que eles são atualizados.
JM: O que você acha que poderia mudar/melhorar no BeefPoint?
RS: Acredito que a única coisa que poderia melhorar é que eles podiam pensar em se tornar uma referência em indicadores e dados para o mercado, não sei se esse é o foco deles, nem sei se é viável mas acredito que é a única coisa que falta em um site tão bom!
*Entrevista realizada por Jhonatta Miranda, graduando de Engenharia Agronômica na UFV.