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Conselho Pecuário da Austrália se coloca contra uso de beta-agonistas na produção de carne bovina

“A decisão foi feita puramente sobre a premissa de que existem muitos mercados de exportação importantes atualmente servidos pela Austrália que não aceitam a carne bovina produzida usando beta-agonistas”, disse o diretor executivo do CCA, Jed Matz. Esses mercados incluem Rússia, China e União Europeia (UE), além de partes do Oriente Médio.

O Conselho Pecuário da Austrália (CCA), em sua última reunião de diretoria, aprovou por unanimidade uma resolução que diz que o CCA nesse momento não apoia o registro de beta-agonistas para uso na indústria australiana de carne bovina.

“A decisão foi tomada puramente sobre a premissa de que existem muitos mercados de exportação importantes atualmente servidos pela Austrália que não aceitam a carne bovina produzida usando beta-agonistas”, disse o diretor executivo do CCA, Jed Matz. Esses mercados incluem Rússia, China e União Europeia (UE), além de partes do Oriente Médio.

O outro lado do uso de beta-agonistas, conforme ocorrido na indústria dos Estados Unidos, onde 80% do rebanho recebe o aditivo, é seu impacto colossal no ganho de peso no confinamento, no peso final da carcaça, na eficiência de conversão alimentar e no rendimento de carne de carcaça.

Por essa razão, o CCA também pedirá ao Meat and Livestock Australia (MLA) para fazer uma análise econômica dos efeitos – se os compostos devem ser introduzidos na Austrália – que eles teriam não somente no acesso aos mercados, mas também, como uma ferramenta de produtividade, influenciando a capacidade dos produtores de aumentar sua renda.

“Queremos uma análise para avaliar os efeitos positivos e negativos da introdução do produto. Uma vez que tivermos essa informação, revisitaremos nossa posição”. Ele disse que o CCA sentiu que a indústria estava interessada em saber qual a posição do CCA sobre o assunto, considerando a publicidade.

“A Autoridade Australiana de Pesticidas e Medicina Veterinária (APVMA) não nos pediu para comentar sobre isso ainda e pode não fazer por vários anos, de forma que os mercados internacionais deverão desenvolver Limites Máximos de Resíduos (MRLs), cobrindo o uso de beta-agonistas e as circunstâncias podem mudar”, disse Matz. Questões como essas podem andar rápido, mas, nesse estágio, o acesso ao mercado é a prioridade número um da lucratividade de nossos produtores, sobre qualquer outra consideração.

Comentário BeefPoint: o mais interessante dessa notícia é o foco em dados e análises concretas. A proposta do CCA é fazer uma análise econômica dos efeitos, dos prós (ganho de eficiência) e contras (acesso a mercados).

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Fonte: Beef Central, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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