O varejo como um todo está passando por um processo de reinvenção. Isso inclui supermercados, lojas de conveniência, shopping centers, lojas de departamento e o varejo especializado. Ninguém está a salvo do terremoto que promete demolir as estruturas que sustentaram o comércio por tantos anos.
Esta foi a mensagem principal da palestra que RoxAnna Swain, editora chefe da revista Display and Design Ideas, na Convenção da NRF (National Retail Federation, a associação norte-americana de varejo), em Nova Iorque, na semana passada.
RoxAnna repetiu a tese da polarização do varejo, porém com uma ligeira variação. Para ela, não se trata de opor simplesmente o luxo ao popular. O consumidor escolherá lojas mais baratas quando estiver movido pela necessidade funcional e as marcas diferenciadas quando o desejo e a emoção estiverem falando mais alto.
RoxAnna também acha que quem estiver no meio do caminho entre esses 2 extremos vai enfrentar sérias dificuldades. E isso inclui shoppings tradicionais, lojas de departamento indiferenciadas, supermercados convencionais e algumas redes de varejo padronizadas, como a Gap, Limited e Casual Corner.
No evento da NRF, a rede brasileira O Boticário ganhou o prêmio Varejista Internacional de 2005. A matéria é de Luiz Alberto Marinho, especialista em branding no varejo, para o site BlueBus.
Comentário BeefPoint: A carne bovina brasileira tem se tornado a opção “baixo custo” em diversos mercados no mundo. No Brasil, quando um consumidor deseja uma carne de alta qualidade, muitas vezes opta por um corte argentino ou uruguaio. Há um mercado no exterior quase inexplorado pelo Brasil no setor de restaurantes, com a churrascaria rodízio. No mercado interno já existem algumas iniciativas de marcas de carne. A tendência apontada pelo especialista Luiz Alberto Marinho é uma oportunidade a ser trabalhada.