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Consumidores dos EUA querem testes para “vaca louca”

Uma nova pesquisa divulgada na terça-feira mostrou que sete em cada 10 adultos dos Estados Unidos que consomem carnes disseram que pagariam mais pelo produto para apoiar a realização de testes para a doença da ‘vaca louca’ (encefalopatia espongiforme bovina – EEB).

A pesquisa, feita pela Consumers Union, também descobriu que 95% destes adultos disseram que pagariam até 10 centavos a mais por libra (22 centavos por quilo) para garantir que sua carne é segura. Quase seis em cada 10 entrevistados disseram que acreditavam fortemente que todas as vacas abatidas nos EUA deveriam ser testadas para EEB. Atualmente, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) testa somente 20 mil animais por ano para a presença da doença, ou menos de um décimo de 1% dos animais abatidos.

Apesar disso, o USDA informou que não é necessário nem justificado testar todos os bovinos do país para a EEB. O Conselheiro Comercial do USDA, David Hegwood, estimou que se os testes fossem limitados aos animais destinados ao Japão, o principal comprador de carne bovina dos EUA, custariam US$ 900 milhões para testar produtos cujo valor de exportação seria de US$ 1 bilhão, “de forma que não é economicamente justificável”.

“Isso é cientificamente desnecessário, não justificado e nós não queremos fazer isso porque isso desvia recursos de onde nós realmente precisamos colocá-los para fazer a vigilância e tomar outras medidas mitigadoras de riscos para esta doença”.

Desde a descoberta da doença no país, têm surgido sugestões para que os EUA teste todos os seus animais ou, para garantir ao Japão, teste os bovinos que seriam exportados a esta nação asiática. Hegwood disse, no entanto, que 90% de todos os animais batidos nos EUA teriam que ser testados para que se assegure que toda a carne bovina vendida ao Japão foi testada.

Fonte: United Press International e Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint

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