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Consumo das capitais e da classe B crescerá em 2010

Sustentados pelo crescimento do crédito, da renda e do emprego, os brasileiros, no total, devem gastar neste ano R$ 2,2 trilhões. Os números fazem parte do estudo Índice de Potencial de Consumo (IPC) Target. De acordo com o estudo, as 27 capitais devem responder por 34,5% do consumo neste ano, frente a 32% em 2009. As famílias das classes B1 e B2, juntas, terão 46,5% do consumo do País, ante 42,4% em 2009.

Sustentados pelo crescimento do crédito, da renda e do emprego, os brasileiros, no total, devem gastar neste ano R$ 2,2 trilhões com produtos e serviços básicos, além das despesas com viagens e com a compra de eletrodomésticos, veículos, roupas e móveis. Os números fazem parte do estudo Índice de Potencial de Consumo (IPC) Target.

Será a maior cifra desembolsada desde que o indicador começou a ser calculado, em 1995. O estudo é feito anualmente pela IPC Marketing Editora, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cruzados com os de outras fontes. Para a edição deste ano, levou-se em conta que o Produto Interno Bruto (PIB) do País crescerá 6,1% este ano.

O montante de dinheiro destinado ao consumo será 18,8% maior do que em 2009. Na semana passada, o Banco Central iniciou um ciclo de elevação dos juros básicos para reduzir o ritmo de crescimento da demanda doméstica a fim de atenuar impactos inflacionários.

Duas tendências são claras no estudo. Uma delas é que as grandes cidades voltam neste ano a ampliar sua fatia no bolo total do consumo, revertendo uma tendência de perda de participação para os municípios menores que ocorria desde 2005, segundo Marcos Pazzini, diretor da consultoria e responsável pela pesquisa. A outra tendência é o aumento de participação da classe B, o único estrato social que deve ampliar a sua fatia de consumo neste ano.

De acordo com o estudo, as 27 capitais devem responder por 34,5% do consumo neste ano. A participação delas em 2009 foi de 32%, a menor em cinco anos. Movimento semelhante ocorre com as 50 maiores cidades. Em 2009, representavam 43,1% do total do consumo; neste ano, devem ficar com 45,8%.

“No pós-crise, as capitais reagiram mais rapidamente do que as cidades menores porque reúnem grande parte das indústrias e dos empreendimentos imobiliários”, diz Pazzini. Além disso, observa que os grandes centros concentram maior fatia de consumidores das classes B1 e B2, com renda média familiar de R$ 5.350 e de R$ 2.950, respectivamente. Neste ano, as famílias das classes B1 e B2 juntas terão 46,5% do consumo do País, ante 42,4% em 2009. Em contrapartida, a classe C, que respondia por 30,1% em 2009, recuou para 27,7%.

Quando se analisa as capitais, essa tendência fica ainda mais nítida, diz Pazzini. As famílias das classes B1 e B2 detinham no ano passado 43,9% do consumo das capitais e, neste ano, a participação subiu para 48,1%. No mesmo período, a classe C retrocedeu: respondia por 23,4% do consumo das capitais em 2009 e hoje participa com 20,1%. Parte do recuo se deve à ascensão das famílias da classe C para a classe B.

A matéria é de Márcia De Chiara, publicada no jornal O Estado de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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