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Consumo de carne bovina aumenta nos EUA mesmo com os altos preços

A carne bovina continua na lista de compras dos americanos, mesmo com os preços tendo aumentado a níveis recordes nesse ano. Isso diz muito sobre o apetite dos americanos por carne bovina, disse o economista da Universidade do Estado de Kansas, Glynn Tonsor.

A carne bovina continua na lista de compras dos americanos, mesmo com os preços tendo aumentado a níveis recordes nesse ano. Isso diz muito sobre o apetite dos americanos por carne bovina, disse o economista da Universidade do Estado de Kansas, Glynn Tonsor.

“Do lado da demanda, o segundo trimestre – de abril a junho – foi o melhor para a demanda de carne bovina e suína em 10 anos; melhor do que o esperado, especialmente em vista dos preços historicamente altos”, disse Tonsor, especialista em marketing pecuário do K-State Research and Extension.

Falando na Conferência de Lucros e Riscos do K-State 2014 em Manhattan em 21 de agosto, Tonsor disse que a demanda por carne bovina nos Estados Unidos em 2014 foi mais forte do que em 2013 e mais forte do que a maioria dos observadores da indústria esperavam, incluindo ele. “Se o preço da carne bovina tivesse aumentado 3%, eu teria dito que a demanda ficaria estável, mas os preços aumentaram em 10% e as pessoas ainda estão comprando carne bovina”.

O fato de os preços notavelmente excederem o aumento esperado dado pelo menor volume consumido destaca a magnitude da força da demanda por carne bovina. Tonsor disse que ele concorda com as previsões trimestrais do Centro de Informações Comerciais Pecuárias (LMIC), que projetou um preço médio para 2014 de novilhos prontos para o abate em cinco mercados primários de bovinos de US$ 335,10 a US$ 339,5 por 100 quilos, 21,5% a mais que a média de US$ 277,52/100 kg em 2013. O preço médio em 2015 foi projetado em US$ 346 a US$ 354,9, que, se concretizar-se, seria um aumento de 3,9% com relação a 2014.

As escassas ofertas de bovinos também se refletiram no número de animais sendo engordados para o peso de mercado. O número total de bovinos e bezerros nos estabelecimentos de engorda dos Estados Unidos (com capacidade de 1.000 cabeças ou mais) em 1º de agosto foi de 9,8 milhões de cabeças, 2% a menos que no ano anterior. O número de bovinos colocados em confinamento durante julho foi de 1,56 milhão, 7% a menos que em julho de 2013 e o menor desde que o USDA começou a registrar esses dados em 1996.

A escassa oferta de carne bovina e de animais e os preços elevados são normalmente suficientes para estimular os produtores de bovinos a expandir seus rebanhos. Existiram sinais dessa expansão em 2012-13, disse Tonsor, mas a construção parece ter estagnado nesse ano. Alguns na indústria estão preocupados que o preço das vacas seja alto o suficiente de forma que os produtores as estejam vendendo ao invés de as retendo para produzir mais bezerros.

O aumento da reposição de novilhas pode fazer sentido, particularmente se custar menos aos produtores criar do que comprá-las e se a base genética (facilidade de parto e produção de leite) já for aceitável. Essa também pode ser a melhor rota se um produtor estiver preocupado com a disponibilidade de novilhas no mercado aberto.

Para um produtor pode ser melhor comprar novilhas de reposição se o custo de comprar for verdadeiramente menor do que o custo de criá-las – especialmente se eles puserem valor em seus usos de tempo e dinheiro. Essa rota pode também fazer sentido se os produtores valorizarem as menores necessidades de touros e quiserem aumentar seus rebanhos mais rapidamente.

Em alguns casos, pode fazer mais sentido comprar vacas do que novilhas, disse ele. As forças de mercado devem ajudar a direcionar a decisão.

Sobre a questão de dever ou não expandir seus rebanhos, Tonsor estimula os produtores a perguntarem: eu utilizo regularmente recursos disponíveis, como ferramentas de expansão de rebanho e workshops de educação continuada? Eu conheço minhas vantagens competitivas? Eu tenho uma estrutura favorável de custos? Eu conheço os custos de reter novilhas?

Considerando o comprometimento de longo prazo da expansão do rebanho, ele também estimula os produtores a se perguntarem o quão confortáveis estão com o atual ambiente, incluindo incertezas politicas e de regulamentação e a viabilidade tecnológica e de aceitação.

Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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