Consumo de carnes no Uruguai ultrapassou a marca de 100 quilos e é o mais elevado dos últimos 10 anos

O Instituto Nacional de Carnes (INAC), tendo como marco sua jornada “INAC 2025: encerramento e perspectivas”, informou que, no mercado interno, o consumo de proteínas animais está em níveis máximos históricos, com mudanças na estrutura do mercado e desafios de distribuição.

A atividade foi realizada nesta segunda-feira, 8 de dezembro, no rooftop do El Globo District, com sala cheia e com a presença de diversas autoridades, entre elas a vice-chanceler, embaixadora Valeria Csukasi, e o presidente do instituto cárnico, Gastón Scayola.

Nesse contexto, dentro de um amplo conjunto de informações apresentadas por Jorge Acosta, gerente de Informação do instituto, com base no resumo informativo do INAC, foi revelado que em 2025 o mercado interno de proteínas animais manteve uma demanda sustentada, alcançando volumes superiores aos do ano anterior. Essa tendência foi observada em todas as espécies, exceto na carne ovina, que registrou retração.

Entre janeiro e outubro, o volume total comercializado acumulou um aumento de 1,5%, com variações de diferente magnitude conforme o tipo de carne.

A carne bovina liderou o crescimento

A carne bovina lidera o crescimento, com um aumento de 2,6% no volume comercializado. Esse avanço é impulsionado pela maior colocação de carne importada, com aumento de 16%, enquanto a carne de origem nacional registrou uma diminuição de 2,1%.

A carne de aves se consolida como a segunda proteína mais consumida, com crescimento moderado. O volume de origem nacional aumentou 0,9%, enquanto as importações apresentaram um leve incremento de 0,2%.

A carne suína também registrou avanço nos volumes comercializados, com crescimento de 1,1%, com aumentos tanto na produção local, que subiu 1,4%, quanto nas importações, com alta de 1,1%.

O volume de carne ovina, por sua vez, apresentou uma redução acentuada de 36,6%.

Consumo no Uruguai: 100,5 quilos de carne por ano por habitante

Para 2025, projeta-se um consumo total de 100,5 quilos por habitante, o que representa um aumento de 1,2 quilo em relação a 2024 e constitui o nível mais alto registrado na última década.

Por tipo de proteína, as estimativas são:

• Carne bovina: 49,4 quilos por pessoa, com aumento de 1,1 quilo.
• Carne de aves: 25,7 quilos por pessoa, com aumento de 0,2 quilo.
• Carne suína: 23,1 quilos por pessoa, com aumento de 0,2 quilo.
• Carne ovina: 2,3 quilos por pessoa, com redução de 0,3 quilo.

A importação e os preços ao consumidor

O volume de carne de origem importada apresentou crescimento, enquanto o de origem nacional registrou queda.

Como consequência, a participação da carne nacional na estrutura de comercialização foi reduzida de 69,2% para 67,4%.

Em relação aos preços ao consumidor, as variações acumuladas até novembro, em termos nominais, mostram aumentos em todas as carnes, com alta de 9,1% na carne bovina, 11,3% na carne de aves, 7,2% na carne suína e 27,1% na carne ovina.

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.