Consumo de grande quantidade de carne vermelha pode beneficiar a saúde

Um novo estudo foi apresentado na reunião anual da Associação Americana do Coração, nos Estados Unidos sobre dietas ricas em proteínas.

“Não se trata da dieta do Dr. Atkins”, disse a pesquisadora que conduziu o estudo, Manny Noakes, nutricionista da Organização de Pesquisa Industrial Cientifica na Nação, localizada em Adelaide, Austrália. “É uma dieta com alto teor de proteínas, mas inclui mais frutas e vegetais que a dieta do Dr. Atkins”.

A Dieta Atkins, que gerou várias críticas de nutricionistas, é altamente protéica, mas permite poucos carboidratos (pelo menos nas primeiras semanas). Depois de um tempo da dieta, as pessoas podem gradualmente adicionar frutas e vegetais em quantidades limitadas. Alguns nutricionistas acreditam que a dieta de Atkins permite muita gordura saturada e muito poucas frutas e vegetais. Porém, pesquisas mostraram que pessoas que seguiram a dieta de Atkins perderam peso sem aumentar seus níveis de colesterol.

Em seu estudo, Noakes e seus colegas analisaram os efeitos da carne vermelha magra nos fatores de risco de doenças do coração e diabetes Entretanto, os resultados mostraram uma conclusão surpreendente.

Na pesquisa incluiu 100 mulheres, todas com excesso de peso, com índice de massa corpórea (IMC) de 33. Durante 12 semanas, metade das mulheres ingeriu a dieta rica em proteína, com 34% de proteína, 46% de carboidrato e 20% de gordura. A outra metade ingeriu uma dieta rica em carboidrato, com 17% de proteína, 64% de carboidrato e 20% de gordura. Cada dieta tinha cerca de 1340 calorias e a proteína de ambas as dietas foi proveniente de carne vermelha magra. Depois de 12 semanas, ambos os grupos perderam peso – mas algumas das mulheres que ingeriram a dieta de alta proteína perderam substancialmente mais peso.

Aquelas mulheres que tinham os níveis de triglicérides maior que 133 mg por 100 mL – uma gordura no sangue – no começo do estudo perderam 25% a mais de peso, segundo Noakes. No final da pesquisa, aquelas mulheres que comeram a dieta de alta proteína tinham níveis de triglicérides 22% menores. Altos níveis de triglicérides são freqüentemente vistos em pessoas com risco para diabetes.

Outras medidas referentes à saúde realizadas – o “bom” (high-density lipoprotein – HDL) e o “mau” colesterol (low-density lipoprotein – LDL), açúcar no sangue e níveis de insulina no jejum – caíram em ambos os grupos.

“Você pode perder peso de várias formas diferentes. Mas certas pessoas podem ser mais eficientes seguindo um certo padrão de dieta com menos carboidratos e mais proteínas. Elas sentirão menos fome, sendo capazes de tolerar comer menos por períodos mais longos de tempo. Nós descobrimos que isso é geralmente verdade para dietas de alta proteína”.

“As mulheres mais jovens devem se interessar especialmente pela dieta de alta proteína, uma vez que ela fornece uma grande quantidade de cálcio e ferro, e uma grande quantidade de micro-nutrientes. Nós acreditamos que o padrão de alta proteína é mais rico nutricionalmente e pode ser, de fato, a dieta escolhida pelas mulheres que estão tentando perder peso”.

A dieta de alta proteína da Dra. Noakes é certamente saudável, segundo a porta-voz da Associação Dietética Americana (American Dietetic Association – ADA), Kathleen Zelman. De fato, carboidratos, proteínas e gorduras em ambas as dietas que Noakes testou estão dentro de limites aprovados determinados pela ADA e pela Academia Nacional de Ciências.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint

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