Córdoba não poderá exportar carnes para UE

Apenas 14 dias após a suspensão do embargo à importação de carnes da Argentina, pela União Européia (UE), um foco de febre aftosa na localidade de Vicuña Mackenna vai impedir a província de Córdoba de reiniciar as exportações para o velho continente.

Esta foi a determinação da Comissão Européia, que colocou a província de Córdoba em situação semelhante à das províncias de La Pampa e Santiago del Estero, também impedidas de exportar para UE, pois nestas regiões foram detectados os últimos focos da doença, na Argentina, antes da retirada do embargo.

A informação indica o rigor das novas normas européias em relação a novos casos da doença. O critério adotado pelas autoridades européias prevê a divisão do país em regiões, isolando os locais com animais que poderiam estar potencialmente infectados. Desta maneira, a UE optou por isolar toda a província, em vez de impedir a importação apenas da área com problemas.

Impacto da medida

Na província de Córdoba, agora impedida de retomar as exportações para UE, existe apenas um frigorífico exportador, o Estancias del Sur. Esta unidade, onde trabalham cerca de 120 pessoas, está fechada desde outubro/novembro do ano passado, devido ao embargo às exportações argentinas.

Nos últimos dias, com a reabertura do mercado europeu e de Israel, a empresa estava com expectativas positivas em relação à retomada das atividades, uma vez que possui uma participação interessante na Cota Hilton.

Outra dúvida está relacionada ao que irá acontecer com a movimentação de gado entre as províncias. Sabe-se que muitos produtores desta região transportam gado para outras províncias para completar diferentes fases da criação.

Segundo informação do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), o dono da propriedade que apresentou o problema se recusou a aplicar a vacina obrigatória durante a última campanha de vacinação contra a doença. Desta maneira, ele estaria sujeito a sanções econômicas e penais. O governador da província de Córdoba, José Manuel de la Sota, qualificou o produtor de “irresponsável” devido à gravidade dos acontecimentos.

Fonte: La Nación e E-campo, adaptado por Equipe BeefPoint