Coréia do Sul manda oficiais de quarentena aos EUA

A Coréia do Sul enviará inspetores de quarentena para avaliar se os abatedouros dos Estados Unidos que produzem carne bovina a ser vendida para o país estão de acordo com os padrões sanitários adequados, segundo reportagem do site USAgNet. A medida vem em meio à crescente ansiedade pública sobre a segurança da carne bovina norte-americana após a Coréia do Sul ter concordado no mês passado em retirar quase todas as restrições às importações de carne bovina dos EUA impostas em 2003 devido aos temores relacionados à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB).

“Nove inspetores em quatro equipes serão enviados a 31 plantas de processamento de carne dos EUA que podem enviar carne bovina imediatamente à Coréia do Sul de 12 a 25 de maio”, disse o Serviço Nacional de Pesquisa Veterinária e Quarentena da Coréia do Sul. “Eles avaliarão se essas plantas cumprem com as condições sanitárias gerais, removem adequadamente os materiais de risco e se têm processos separados para bovinos de mais de 30 meses”.

O serviço de quarentena disse também que está considerando posicionar seus inspetores às plantas de processamento de carne para garantir o total cumprimento dos requerimentos sanitários e de quarentena.

O Ministério de Alimentos, Agricultura, Silvicultura e Pesca e importadores locais de carne bovina disseram também que, com exceção da renegociação do acordo de 18 de abril, a Coréia do Sul completará seu processo de revisão interna dos novos padrões sanitários e fitossanitários em 13 de maio e começará as inspeções dois dias depois.

O pacto sanitário de importação da Coréia do Sul permite a importação da maioria dos cortes de carne bovina dos EUA, incluindo T-bone e intestinos. Além disso, o país concordou efetivamente em não estabelecer limites de idade de bovinos que podem ser abatidos para fornecer carne. Pelos padrões antigos, estabelecidos em 2006, a Coréia do Sul concordou em importar somente carne bovina sem osso de bovinos de menos de 30 meses de idade.

O Ministério disse que as inspeções deverão começar com 5,3 mil toneladas de carne bovina dos EUA que foram mantidas estocadas na Coréia do Sul desde 5 de outubro, quando o país parou com todas as suas inspeções de quarentena após a descoberta de materiais proibidos de espinha dorsal em um lote de carnes dos EUA.

Outras 7 mil toneladas de carne bovina dos EUA que foram mantidas estocadas em Long Beach serão enviadas à Coréia do Sul e deverão chegar ao país no começo do próximo mês.