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Cortes de energia prejudicarão frigoríficos argentinos

As restrições ao uso de energia elétrica para grandes consumidores na Argentina começaram a afetar a indústria frigorífica. Até agora os cortes vêm sendo aplicados entre 16 e 24 horas, mas a situação poderá se complicar se, tal como se prevê, as interrupções de energia começarem a se estender durante todo o dia.

As restrições ao uso de energia elétrica para grandes consumidores na Argentina começaram a afetar a indústria frigorífica. Segundo o site Infocampo, até agora os cortes vêm sendo aplicados entre 16 e 24 horas, mas a situação poderá se complicar se, tal como se prevê, as interrupções de energia começarem a se estender durante todo o dia.

“Até agora, continuamos comprando a mesma quantidade de animais, mas veremos o que acontecerá se as restrições forem de 24 horas”, disse o membro do grupo de frigoríficos Mattievich – que conta com sete plantas na província de Santa Fé -, Jorge Torelli. “Adiantamos os horários dos abates e estamos pondo em funcionamento nossos geradores para cumprir com a determinação do Governo”.

As principais companhias frigoríficas argentinas contam com geradores elétricos próprios. No entanto, desde a semana passada, vem sendo reduzido em geral o ritmo dos abates para evitar que o aumento nos custos energéticos prejudique as margens previstas.

O presidente da Associação de Frigoríficos Industriais de Córdoba, Daniel Urcía, disse que nesta Província, a empresa de energia local (EPEC) está anunciando os cortes com apenas uma hora de antecedência, o que impossibilita qualquer tipo de planejamento. Ele também teme complicações caso os cortes realmente comecem a ser de 24 horas diárias.

Na Província de Buenos Aires, os frigoríficos também estão tendo complicações, com muitos deles não dispondo de geradores elétricos.

A Secretaria de Energia da Argentina anunciou que iria lançar uma Resolução para sancionar as empresas que não estejam acatando a ordem de deixar de consumir, o que se estima que não é cumprida pela metade do setor. Isso porque, diferentemente de outras indústrias, os frigoríficos – assim como as companhias de lácteos – trabalham com mercadorias perecíveis, que não podem sair da cadeia de frio.

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