As exportações de carne in natura feitas pelo Brasil aumentaram em janeiro e fevereiro deste ano em comparação ao mesmo período de 2001. O aumento das exportações ocorreu tanto em volume como em receitas. Números preliminares apurados pelo Ministério da Agricultura a partir de dados da balança comercial mostram que em fevereiro deste ano foram embarcadas 28.684 toneladas, volume 82% superior às 15.727 toneladas negociadas no mesmo mês do ano anterior. Em receitas, o valor passou de US$ 33 milhões para US$ 60 milhões.
Em janeiro último, quando foram vendidas 30.111 toneladas e obteve-se uma receita de US$ 58 milhões, chegou-se a uma variação, em quantidade de cargas, de 71,26% no comparativo com janeiro de 2001. Os dados, obtidos pelo Departamento de Comercialização do Ministério da Agricultura, mostram que entre janeiro e fevereiro deste ano há um indicativo de que frigoríficos e pecuaristas ampliaram as remessas de carne in natura de traseiro, cortes comercialmente mais valorizados.
Essa avaliação, ainda que preliminar, pode ser observada, conforme aponta o diretor do Departamento de Comercialização do Ministério, Amílcar Gramacho, através da análise das vendas dos dois primeiros meses deste ano. Em fevereiro, os frigoríficos embarcaram um volume menor do que em janeiro, mas obtiveram uma receita maior. “Pode-se atribuir esse aumento das receitas à composição dos volumes de carnes exportadas, que foram maiores em embarques de cortes de traseiro”, diz.
Nos mercados internacionais, a tradição de compra dos cortes de dianteiro é mantida pelos países orientais. A tonelada desse tipo de carne in natura é negociada em torno de US$ 1.500, enquanto que o preço dos cortes de traseiro pode atingir o dobro. Os resultados dos primeiros dois meses do ano indicam que o Brasil pode superar as 368 mil toneladas vendidas em 2001 (em 2000 foram 188 mil toneladas). A partir deste mês, as exportações começam a ser comparadas a volumes mais substanciais, já que os embarques ganharam força a partir de março de 2001.
Exigências da OMC podem facilitar a abertura da China aos produtos brasileiros
A entrada da China na Organização Mundial de Comércio (OMC) aumenta as oportunidades de negócios com o Brasil. A OMC exige que os chineses reduzam barreiras comerciais e terminem com os subsídios. As mudanças favorecem os investimentos e o comércio entre os dois países.
A Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico e Comércio Exterior está organizando uma visita de empresários brasileiros àquele País no início de abril. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio também está organizando uma delegação com mais de 100 empresários para conhecer as oportunidades de negócios e investimentos na China.
Os negócios entre os dois países cresceram 28% em 2001, atingindo US$ 3,5 bilhões. O principal produto brasileiro exportado para aquele país é a soja. Em 2001, as vendas do grão atingiram US$ 534 milhões. No setor agropecuário ainda há mercado para o café, açúcar, sucos e carnes.
Fonte: Gazeta Mercantil e Clic RBS/Agrol, adaptado por Equipe BeefPoint