A guerra entre Iraque e Estados Unidos deve ter reflexos nas exportações de produtos brasileiros a partir de maio deste ano. A expectativa que as cotações, altas no momento pela expectativa da guerra, comecem a cair durante o desenrolar do conflito. A informação é do diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Carvalho.
Se o conflito se prolongar, o país pode ter perdas consideráveis nas vendas. Até agora, revelou Carvalho, a comercialização não foi afetada devido à formação antecipada de estoque dos principais mercados externos do Brasil até março. “No pré-guerra o Brasil ganhou, mas no pós-guerra deve perder. A previsão de crescimento de 9,4% nas exportações brasileiras terá que ser revista, mas não agora, porque não há dados confiáveis para isso. A dúvida para o segundo semestre são as conseqüências da guerra”.
De acordo com o dirigente, os produtos primários serão os mais afetados caso a guerra se prolongue. Se isso se confirmar, o setor primário nacional terá queda nas cotações dos produtos e haverá redução dos manufaturados, estimou. “Quanto mais tempo a guerra se prolongar, maior será a queda nas exportações do Brasil”, previu.
Fonte: Clic RBS/Agrol, adaptado por Equipe BeefPoint