Por iniciativa do deputado federal Érico Ribeiro (PP/RS), a bancada gaúcha da Câmara dos Deputados encaminhou ofício ao vice-presidente da República, José Alencar, e aos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, sugerindo que na próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que se realizará em Brasília na quarta-feira (17), seja discutida a manutenção por mais quatro anos do imposto de exportação com a alíquota de 9% sobre as exportações do couro wet blue.
Entre os argumentos que fundamentam a proposta, Ribeiro destaca que a indústria de curtume brasileira tem ampliado suas exportações nos últimos anos devido ao crescimento da produção do couro acabado na cadeia produtiva do couro, calçados e móveis. “Os resultados excepcionais obtidos decorrem da diminuição do crescimento das exportações do couro wet blue“, disse.
Ele esclarece que a exportação do wet blue gera o desemprego no Brasil e perdas cambiais no setor coureiro/calçadista. Em síntese, o Brasil exporta matéria-prima limpa e fica com o lixo e mais o ônus da produção no País.
Outra justificativa apresentada pelo parlamentar tem fundamento em números. Houve um avanço significativo das exportações de couro acabado, em torno de 240% em valores do ano de 2000, quando foi aplicada a alíquota de 9%. Até 2003 o montante exportado passou de US$ 138 milhões para US$ 472 milhões, valor estimado para este ano. No período, foram geradas divisas extras e 4.186 empregos diretos.
Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint