A exportação de couro brasileiro está em ascensão, devendo atingir US$ 2,3 bilhões, 23% mais que em 2006. Parte do sucesso dos embarques se deve aos couros de maior valor, responsáveis por 65% das exportações.
A exportação de couro brasileiro está em ascensão, devendo atingir US$ 2,3 bilhões, 23% mais que em 2006. Parte do sucesso dos embarques se deve aos couros de maior valor, responsáveis por 65% das exportações.
“Tenho tido sucesso no mercado externo, apesar da valorização do real em relação ao dólar porque exporto couro acabado”, confirmou o presidente do curtume Brasitânia, de Mogi das Cruzes (SP), Pedro Gasparetto. Ele consegue um preço cerca de 20% maior em dólar no mercado externo em relação a matéria-prima bruta.
Segundo Gasparetto, a maior parte de sua clientela no exterior é formada por indústrias de móveis e decoração. Da produção de 40 mil metros quadrados de peles por mês, entre 25% e 30% do produto são exportados. Cinco anos atrás, disse, 100% das exportações dos couros brasileiros eram destinadas a indústrias de calçados.
O estudo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CIBC) mostra ainda que 60% das exportações de couro vão para as indústrias de móveis e automobilística para fabricar estofamento. “Há um novo perfil da indústria curtidora. Os fabricantes de calçados foram para as matérias-primas sintéticas”, observou o diretor executivo da entidade, Luiz Bittencourt.
Em 2000 a exportação de couros equivalia a 48,14% das vendas externas de calçados. “Em 2006, o nível de exportação do setor de couros é praticamente o mesmo (97,6%) do setor de calçados”, comparou.
Nas vendas domésticas também houve mudanças devido à aplicação, pelos curtumes, de recursos para produção de mercadorias de maior valor. Atualmente, a maior fatia do couro destinado ao mercado interno (42%) é para produção de móveis, seguido pelos calçados (31%), que respondiam pela maior fatia no passado. As vendas internas representaram 22,7% da produção de 44,4 milhões de peças em 2006. As informações são de Márcia de Chiara, do jornal O Estado de S.Paulo.
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A pergunta é:
Quanto o produtor está recebendo a mais pela melhora na qualidade do couro que entrega no frigorifico?
A reposta é:
Continua recebendo o mesmo valor de quando o couro era ruim, ou seja, nem um centavo!