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Credit Suisse Group rebaixa nota da Sadia

A Sadia, segunda maior produtora de alimentos industrializados do Brasil, teve a sua classificação rebaixada de "neutra" para "desempenho abaixo da média do mercado" pelo Credit Suisse Group, uma vez que, segundo a instituição, a empresa esvazia seu caixa e aumenta sua dívida tentando sair das apostas cambiais errôneas feitas por ela no passado recente.

A Sadia, segunda maior produtora de alimentos industrializados do Brasil, teve a sua classificação rebaixada de “neutra” para “desempenho abaixo da média do mercado” pelo Credit Suisse Group, uma vez que, segundo a instituição, a empresa esvazia seu caixa e aumenta sua dívida tentando sair das apostas cambiais errôneas feitas por ela no passado recente.

A Sadia vai lutar para restituir R$ 3,5 bilhões em dívidas de curto prazo depois que o crédito acabou, disseram ontem em um relatório Marcel Moraes e Tufic Salem, analistas do Credit Suisse. A classificação de crédito da Sadia foi rebaixada no mês passado devido a apostas de que o real se valorizaria.

Em vez disso, perdas ligadas à queda de 34% do real em relação à sua maior alta em nove anos no dia 1 de agosto deixaram a Sadia com uma dívida cada vez maior em meio à crise de crédito global. Ao mesmo tempo, uma desaceleração econômica está reduzindo a demanda por aves, polpas e outras commodities brasileiras. “A Sadia enfrenta tempos difíceis devido ao nível de endividamento”, escreveram os analistas. “Sem mencionar o ambiente desafiador para as exportações de proteína”.

A companhia pode ter de buscar financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou emitir novas ações, disseram os analistas. Segundo eles, a posição de caixa da Sadia caiu de R$ 2,3 bilhões no final de setembro para menos de R$ 1 bilhão. Sua dívida líquida pode subir de R$ 1,3 bilhão um ano atrás para R$ 6,2 bilhões de reais no final deste ano, disseram os analistas.

As informações são da Gazeta Mercantil, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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